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Palavra dada é palavra honrada e o governo cumpriu…

Jornal OPaís por Jornal OPaís
7 de Novembro, 2025
Em Opinião

“Há provas”! É uma frase usada pelos jornalistas para definir que já há salário. “Caiu”! Também é outro slogan que confirma que há dinheiro nas contas bancárias. E desta vez, essas palavras soam e com sabor diferente, porque “palavra dada, é palavra honrada”. E o governo falou e fez. Batam palmas e sorriam, apesar de não ser ainda o esperado, mas, “mais vale um nas mãos, do que dois a voar…”. O diálogo é sempre o caminho mais seguro para a reconciliação. Entre pais e filhos, entre colegas de profissão ou entre instituições e cidadãos.

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É pela palavra que os muros se transformam em pontes. E, o jornalismo angolano vive este tempo de reencontros, onde a escuta atenta pode ser a chave para um futuro de maior harmonia e confiança. Nos últimos meses, discutiram-se os desafios e a esperança que atravessa a comunicação social em Angola. Falou-se do caráter, da integridade, do mérito e do compromisso.

Agora, o encontro entre o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social e o Sindicato dos Jornalistas vem lembrar que o diálogo institucional é parte essencial desta caminhada. Foi afirmado que, no final do mês de Outubro, haverá mudanças salariais para os profissionais, sem retroactivos, e que, em Janeiro de 2026, haverá actualização de carreira. Ainda que as decisões não contemplem todas as expectativas, representam um passo no sentido de valorizar a classe.

Mas, é preciso que cada conquista seja acompanhada de transparência e clareza. Porque o diálogo sem verdade é apenas ilusão. E negociação sem compromissos firmes é apenas um discurso vazio. A imprensa angolana precisa de sinais consistentes de que o seu esforço diário é reconhecido e respeitado. E precisa também acreditar que as promessas de hoje não serão esquecidas amanhã.

Ao mesmo tempo, cabe aos jornalistas a responsabilidade de assumir o seu papel com maturidade. Não basta reivindicar. É necessário mostrar assiduidade, responsabilidade e zelo pelo exercício profissional. Quem ocupa a função de informar não pode tratar o seu ofício como algo circunstancial. Ser jornalista é um compromisso diário, que exige esforço, presença e respeito pelos colegas.

Não há espaço para a competição mesquinha, para a disputa por viagens nacionais ou internacionais como se fossem prémio maior da profissão. O que deve mover o profissional é o mérito, o trabalho bem feito e a contribuição que deixa na sociedade. O respeito pela ascensão profissional de cada colega deve ser um valor central. Quando um jornalista cresce, não é apenas ele que avança, é a classe inteira que se fortalece.

Reconhecer a conquista alheia é também preparar o próprio caminho para oportunidades futuras. Se o jornalismo é missão, não há lugar para “picou/bazou”. A profissão pede entrega, continuidade e amor pela verdade. O público não pode ser enganado por ausências injustificadas ou por uma postura leviana, diante de um bem tão essencial como a informação.

Por isso, cabe a cada profissional perguntar-se: o que está a acrescentar ao jornalismo? O que deixará como legado para a próxima geração? A resposta não está nos aplausos fáceis, mas na seriedade com que cada notícia é apurada e publicada. É igualmente importante que as instituições honrem a sua parte no processo.

O orçamento público destinado aos órgãos deve ser utilizado, com rigor, para melhorar as condições de trabalho. E os valores arrecadados pelas empresas estatais de comunicação precisam ser fiscalizados com transparência. E que deste valor, seja dado ao colaborador o que lhe cabe por lei. A boa gestão dos recursos não é favor, é dever.

Porque só com condições dignas se pode exigir do jornalista a excelência que o país precisa. A precariedade não pode ser a regra de uma classe que sustenta a democracia com o poder da palavra. Os gestores dos órgãos devem compreender que motivar o jornalista não é apenas aumentar salários. É dar ferramentas, condições de produção, acesso à tecnologia e oportunidades de crescimento. É investir na formação contínua e na valorização humana.

Quando se fala em comunicação social, fala-se também de cultura, de identidade e de soberania. O jornalismo angolano tem uma função essencial: contar Angola aos angolanos e ao mundo. Isso só será possível se houver equilíbrio entre compromisso individual e responsabilidade colectiva. O reencontro entre o Ministério e o Sindicato é um sinal de que existe espaço para construir consenso.

Mas esse consenso não deve ficar no papel. Devem transformar-se em políticas efectivas, fiscalizadas por “quem de direito”, sem manobras nem atrasos desnecessários. É preciso cultivar uma cultura de seriedade na gestão pública e no exercício jornalístico, porque ambos caminham juntos. O Estado garante condições e o profissional garante compromisso.

Quando uma das partes falha, toda a estrutura desmorona. Também é importante lembrar que a liberdade de imprensa não se defende apenas com discursos. Defende-se com práticas, com coragem e com o zelo de quem entende que informar é servir. A democracia precisa de uma imprensa firme, ética e responsável.

Os jornalistas angolanos têm de reencontrar a harmonia entre si. Mais solidariedade, menos intriga. Mais reconhecimento, menos vaidade. Porque só unidos poderão lutar por melhores condições e maior respeito. A reconciliação dentro da própria classe é tão necessária quanto o diálogo com as instituições. De nada serve exigir direitos se, internamente, não há respeito nem colaboração.

A força do jornalismo está na união e na credibilidade colectiva. Que este momento de negociações seja aproveitado para renovar compromissos. O Ministério deve cumprir o que promete. O sindicato deve representar com firmeza. E o jornalista deve trabalhar com zelo e dignidade. Só assim haverá equilíbrio entre todos os lados.

Não podemos esquecer que o jornalismo é mais do que profissão. É missão social. A informação que se transmite molda consciências, influencia decisões e constrói memórias. Um erro pode destruir reputações, mas uma verdade bem contada pode transformar um país. Cabe, portanto, ao jornalista cultivar não apenas a técnica, mas também o carácter.

A ética não pode ser palavra de ocasião, deve ser prática diária. O exemplo de integridade é a melhor herança que qualquer profissional pode deixar. O futuro da comunicação social em Angola dependerá da seriedade com que cada actor cumpre o seu papel. Do gestor ao repórter, do político ao cidadão, todos precisam assumir que o jornalismo não é ornamento, é alicerce da democracia. Por isso, o tempo pede menos discursos e mais resultados. Menos promessas e mais realizações.

O país merece uma imprensa respeitada, com condições dignas de trabalho e profissionais reconhecidos pela sua dedicação. O que se constrói com diálogo tem mais força e mais durabilidade. Mas o diálogo deve ser transparente, honesto e acompanhado de ações concretas. É isso que fará o jornalismo angolano caminhar com passos firmes para o futuro.

Porque não há democracia sem imprensa livre, e não há imprensa livre sem jornalistas conscientes do seu papel. A missão de informar exige sacrifícios, mas também traz recompensas imateriais, como o respeito, a confiança e a gratidão de um povo. Que cada jornalista encontre em si a coragem de continuar, mesmo diante das dificuldades.

Que encontre na palavra o poder de edificar, e na verdade o guia maior do seu ofício, porque é assim que se constrói credibilidade. Este é um convite à reflexão e à reconciliação.

Que a classe reencontre o respeito, que o Estado cumpra as suas promessas e que cada jornalista honre a missão de informar com verdade. Que o jornalismo angolano seja sempre fonte de esperança, transparência e dignidade.

Por: YARA SIMÃO

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