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Moçambique entre os mais afectados por recuo do financiamento chinêsMoçambique entre os mais afectados por recuo do financiamento chinês

Jornal OPaís por Jornal OPaís
17 de Dezembro, 2025
Em Mundo

A China passou a receber mais dinheiro dos países mais pobres do que aquele que lhes empresta, revelando uma inversão nos fluxos financeiros que está a agravar dificuldades em Estados como Moçambique, indica um estudo da Universidade de Boston

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Segundo a investigadora Rebecca Ray, autora do estudo da Boston University Global Development Policy Center, divulgado na Segunda-feira, os chamados “fluxos líquidos de dívida” da China para os países de baixo rendimento — os novos empréstimos concedidos menos os reembolsos recebidos — tornaram-se negativos nos últimos anos. Isto significa que, actualmente, os países mais pobres estão a pagar à China mais do que recebem em novos financiamentos.

A tendência reverte o padrão dominante nas últimas duas décadas, em que Pequim foi um dos principais financiadores de infra-estruturas nos países em desenvolvimento. A retracção resulta da queda acentuada nos desembolsos desde 2018, ano em que o financiamento externo chinês atingiu o seu pico. Como os reembolsos se prolongam por mais tempo do que os períodos de concessão de crédito, esta inversão era inevitável, aponta o estudo.

A situação assemelha-se à registada em 2005 entre os credores do Clube de Paris, que nesse ano apresentaram fluxos líquidos negativos de 9,4 mil milhões de dólares (oito mil milhões de euros) devido à instabilidade financeira global. No caso chinês, o saldo negativo ascendeu a 5,9 mil milhões de dólares (5 mil milhões de euros) em 2024. Entre os países lusófonos abrangidos pela análise, Moçambique surge entre os mais afectados.

O país africano registou transferências líquidas negativas da China e de todos os seus credores combinados, o que significa que, além de estar a pagar mais do que recebe de Pequim, não conseguiu compensar esse fluxo com financiamento de outras origens. Entre Janeiro e Março, a China manteve-se como principal credora bilateral de Moçambique, apesar do perdão de juros e da recente doação de 12 milhões de euros anunciada por Pequim. Moçambique pagou em três meses mais de 36 milhões de euros à China pelo serviço da dívida, que lidera entre os credores bilaterais do país, segundo dados do Ministério das Finanças.

De acordo com um relatório sobre a gestão da dívida, o serviço da dívida à China foi o que mais pesou nas contas moçambicanas em três meses, de Janeiro a Março, com 35,51 milhões de dólares (30,6 milhões de euros) em amortizações e 6,77 milhões de dólares (5,8 milhões de euros) em juros. Segundo dados do relatório, a dívida de Moçambique à China ascendia por seu turno, no final de Junho, a 1.347 milhões de dólares (1.158 milhões de euros), o maior credor bilateral e apenas ultrapassada, nos credores multilaterais, pelo IDA (Associação Internacional de Desenvolvimento), do Grupo Banco Mundial, com 2.980 milhões de dólares (2.566 milhões de euros).

Entretanto, o Governo chinês perdoou os juros dos empréstimos concedidos a Moçambique até 2024 e anunciou a doação de 12 milhões de euros ao país africano, disse em 14 de Outubro a primeira-ministra moçambicana, Benvida Levi. Segundo o relatório, este grupo mais vulnerável inclui ainda Myanmar, Samoa, Tonga, Tajiquistão e Djibuti, todos em situação de elevado risco de sobre-endividamento.

Na maioria dos outros países analisados — todos elegíveis para financiamento concessionado da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), do Banco Mundial — os reembolsos à China foram compensados com novos financiamentos de outros parceiros, mantendo os fluxos líquidos totais em terreno positivo. Apesar de sublinhar que a atual fase não é inédita nem incomum, Rebecca Ray considera que representa um desafio importante tanto para os países de baixo rendimento como para a China, que se vê obrigada a repensar a sustentabilidade e o impacto do seu modelo de financiamento externo.

O estudo propõe que Pequim refinancie os empréstimos em dificuldades, aproveitando o atual diferencial entre as taxas de juro chinesas e as norte-americanas, a conversão de créditos em risco em obrigações a longo prazo denominadas em renminbi (RMB), permitindo condições de pagamento mais sustentáveis ou o alargamento do comércio bilateral em RMB, facilitando o acesso à moeda necessária para pagamentos futuros

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