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Jurema Mota: “A independência política foi uma conquista gigantesca, mas a mental, económica e social ainda está em processo”

Neusa Felipe por Neusa Felipe
6 de Junho, 2025
Em Política
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Jurema Mota: “A independência política foi uma conquista gigantesca, mas a mental, económica e social ainda está em processo”

No âmbito das celebrações do 50.º aniversário de Independência Nacional, a rubrica “O jovem e a Independência” desta edição traz a visão da jovem empreendedora e profissional de marketing, Jurema Mota

O povo angolano celebrou no mês de Novembro de 2024, 49 anos da sua Independência Nacional, de igual modo, prepara-se para comemorar neste ano, os 50 anos de Independência. Enquanto jovem, que análise faz destes 50 anos de Independência Nacional?

Como jovem nascida em 1997, eu cresci ouvindo sobre a luta dos nossos mais velhos pela independência e pela construção de uma Angola livre. Hoje, olhando para os 50 anos de independência, sinto que temos uma história marcada por superações profundas, mas também por desafios que continuam a nos testar.

A independência política foi uma conquista gigantesca, mas a independência mental, económica e social ainda está em processo. Nós, jovens, estamos numa fase em que já não olhamos apenas para o passado com gratidão, mas também para o futuro com responsabilidade.

É tempo de transformar a liberdade em oportunidades concretas, acessíveis e sustentáveis para todos. A nossa geração tem o dever de criar uma Angola onde as ideias floresçam, onde empreender não seja um acto de sobrevivência, mas de propósito. E isso começa com o reconhecimento do que foi feito, mas também com coragem para assumir que ainda há muito por fazer.

Os ganhos da Independência Nacional até aqui alcançados têm sido preservados pelos angolanos?

Há ganhos que foram preservados sim, a paz é um deles, e não podemos subestimar o quanto isso nos custou. No entanto, ainda enfrentamos desafios sérios na preservação e expansão desses ganhos para todas as camadas da sociedade.

Quando os jovens não encontram oportunidades, quando os empreendedores enfrentam mais barreiras que incentivos, quando a qualidade de vida básica ainda é uma luta em muitas províncias, é sinal de que precisamos fortalecer melhor os pilares da nossa independência.

Preservar os ganhos da independência não é apenas tarefa do Governo. É também nossa, enquanto jovens, é das famílias, dos empreendedores, das comunidades. E para isso, precisamos de acesso à educação de qualidade, à saúde, à cultura e principalmente a uma economia que permita sonhar e realizar dentro de Angola.

Há 49 anos que o povo angolano é soberano e livre da opressão colonial portuguesa. Acha que a reconciliação nacional entre os próprios angolanos foi consolidada?

A reconciliação nacional deu passos importantes, sobretudo com o alcance da paz. Mas reconciliação não é só ausência de guerra, é também cura social, escuta activa, igualdade de oportunidades e inclusão real.

Ainda existem feridas não tratadas, histórias silenciadas e desigualdades que, se não forem encaradas, dificultam a construção de um país verdadeiramente unido.

Como jovem empreendedora, acredito que a reconciliação também passa pelo económico e pelo social. Quando um jovem de Luanda tem acesso ao que um jovem do Bié ou do Namibe ainda não tem, é preciso encarar isso como uma ferida a ser sarada com políticas públicas, oportunidades descentralizadas e valorização da diversidade cultural do nosso país.

Todos os angolanos, de Cabinda ao Cunene, são chamados a participar, neste ano, da grande celebração dos 50 anos de Independência Nacional. Entretanto, olhando para as dificuldades de vida que aumentam a cada dia, acha que o povo se revê nessas celebrações?

A celebração é legítima e importante, mas precisa ser mais que um momento simbólico. Para muitos angolanos, celebrar 50 anos de independência enquanto enfrentam o desemprego, a fome ou a falta de acesso a serviços básicos, pode parecer distante da sua realidade.

Por isso, o povo quer mais do que festas: quer soluções. Para que todos se revejam nesta celebração, é preciso que ela venha acompanhada de compromissos concretos, escuta popular e políticas públicas que toquem a vida real das pessoas.

Só assim, as comemorações farão sentido para quem levanta cedo todos os dias para sobreviver com dignidade, criar os seus filhos e tentar construir um futuro melhor.

Como jovem empreendedora, eu acredito que a celebração dos 50 anos pode ser também um ponto de viragem, um recomeço, uma oportunidade de unir gerações, ideias e acções em torno de um propósito: fazer de Angola um lugar onde viver seja motivo de orgulho todos os dias, não só em datas comemorativas.

Neusa Felipe

Neusa Felipe

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