Fórum Negócios & Conectividade
OPaís
Ouça Rádio+
Ter, 16 Set 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Ouça Rádio+
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

A problemática das escolas e os revisores textuais

Jornal Opais por Jornal Opais
3 de Março, 2023
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
0

De um tempo para cá, temos verificado, por meio de vários anúncios e comunicados de instituições de ensino, documentos que violam, de todas as formas, a norma escrita da língua portuguesa, esta que é oficial para o caso de Angola.

Poderão também interessar-lhe...

Um golpe violento ao acervo bibliotecário humano nacional – Faleceu Paulo Tjipilica!

O peso de quem fica

O valor intangível da comunicação de marca: compramos marcas, não commodities!

Assim, para fugirmos da generalidade, queremos aqui deixar claro que esta mensagem é dirigida às escolas que negligenciam a língua escrita. Estas escolas, no nosso entender, deviam ler e pensar na melhoria dos seus ofícios informativos, uma vez que tem sido lastimável lê-los.

Erros de base são inadmissíveis em documentos que saem de instituições de ensino; e, se esta for de nível superior, pior ainda. Mas, afinal, por que se cometem tais erros?

Talvez somente as escolas que os cometem devessem responder.

As autoras Caime e Busse (2014) explicam que, em estado normal, todo o falante de uma determinada língua devia ter o domínio do seu funcionamento em contextos formais e informais, o que também é tido como competência comunicativa, até ao nono ano de escolaridade.

Outrossim, quando estes falantes tiverem em mente que a língua escrita é mais rígida e com regras próprias do que a oral, embora esta última seja anterior à primeira, saberão ou conseguirão diferenciar os contextos de uso.

Os gestores escolares e outras instituições deviam saber que a língua escrita, assim como dizem as autoras em epígrafe, carece de respeito, pois que ela se copula a normas que controlam aquilo que é adequado e inadequado.

É devido a este dado que as escolas privilegiam o ensino da norma-padrão da língua, aquela que tem o objectivo de desenvolver no falante a competência de bem falar e escrever.

A propósito, Pestana comentou, num dos seus posts nas redes sociais, o seguinte: “O ter o domínio da norma escrita, ou o escrever com um padrão normativo, catapulta o indivíduo a um domínio social acentuado e facilitado”.

Concordamos com o professor Pestana, até porque qualquer estabelecimento sério tende a ter as normas do bem escrever e comunicar como critérios para empregar os seus candidatos.

O que se disse acima provoca em nós, mais uma vez, indagações, tais como: por que as instituições ignoram a norma escrita? Outro aspecto que, nalgumas vezes, nos deixa triste é a indiferença de muitas escolas diante de críticas (construtivas) que podem ajudar no melhoramento ortográfico, sintáctico e semântico dos seus documentos.

Ou seja, fazem-se de surdos-mudos ante a essas situações, o que não é muito bom. Uma escola que forma especialistas em Língua Portuguesa ou que, no seu quadro de funcionários, tenha pessoas que dominem a gramática normativa no entanto, ignoram-nos como se de desconhecidos e inexistentes se tratasse , com estes comportamentos, só se demonstra e se comprova a informação segundo a qual o nosso ensino é débil e deficiente. Voltamos a perguntar: gestores escolares, por que ignoram os revisores textuais?

Em condições normais, as instituições escolares, tal como possuem advogados para defender a empresa em questões judiciais e psicólogos para tratar de problemas mentais, teriam também um profissional, um revisor textual, cujo serviço fosse apenas “policiar” os erros linguísticos visíveis nos comunicados, anúncios, nas circulares e noutros documentos tornados públicos pelas escolas.

Infelizmente, a resposta mais comum que recebemos quando nos manifestamos contra os erros acima mencionados é que “o mais importante é a comunicação”. Se for, de facto, desta maneira que se pensa, teria de se abolir o ensino da Língua Portuguesa nas escolas. Ou seja, as revistas, os jornais, as rádios e as televisões não deviam passar suas informações tendo a norma-padrão do português como base.

A ideia de que o que mais importa é a comunicação talvez tivesse crédito no contexto informal  mercados, praças, ruas, bairros, etc. mas não é sobre isso que estamos aqui a tratar.

É imperioso, deste modo, que haja coerência entre o que se ensina e o que se pratica.

As escolas não podem e nem devem cobrar elegância na escrita dos alunos quando elas mesmas cometem deselegância nos seus textos informativos, porque será paradoxal.

E, muitas vezes, elas tendem a afixar documentos nos quais atropelam as mesmas regras de escrita que, supostamente, ensinam na sala de aula.

A ideia é ajudar a melhorar, aliás, não se avança quando se negligenciam as regras gramaticais em textos escritos formalmente.

É lindo, prazeroso e dá orgulho ler um documento escrito com seriedade, compromisso e responsabilidade.

Se assim não for, as instituições escolares continuarão a desrespeitar a própria escola e seus associados, nomeadamente o pessoal administrativo, os professores, alunos e encarregados de educação, com os erros nos documentos que publicam.

Que estas sugestões sejam também aplicadas nas suas páginas oficiais, bem como na da direcção (geral e pedagógica) e das associações de estudantes.

 

Por: GABRIEL CHINANGA

Jornal Opais

Jornal Opais

Recomendado Para Si

Um golpe violento ao acervo bibliotecário humano nacional – Faleceu Paulo Tjipilica!

por Jornal OPaís
16 de Setembro, 2025

As primícias deste dia 15 de Setembro de 2025, não foram portadoras de bons ventos, pelo contrário, trouxeram a nós...

Ler maisDetails

O peso de quem fica

por Jornal OPaís
16 de Setembro, 2025

Nos últimos dias, a nossa sociedade foi abalada por notícias de perdas que nos entristecem profundamente. Foi o caso do...

Ler maisDetails

O valor intangível da comunicação de marca: compramos marcas, não commodities!

por Jornal OPaís
16 de Setembro, 2025

O conceito de marca não é novo, remonta à antiguidade, quando escultores assinavam suas obras para proteger a identidade do...

Ler maisDetails

Linguística Textual – uma leitura

por Jornal OPaís
16 de Setembro, 2025

A ferimos que a linguística textual é o campo do saber que toma o texto como seu objecto de estudo....

Ler maisDetails
Fórum Negócios  Conectividade Fórum Negócios  Conectividade Fórum Negócios  Conectividade

Homem detido no Bailundo por homicídio da filha de 11 meses

16 de Setembro, 2025

ONU vai debater no Conselho de Direitos Humanos ataque ao Qatar

16 de Setembro, 2025

Kremlin acusa Ucrânia de “abrandar artificialmente” conversações de paz

16 de Setembro, 2025

Ministério Público alega falta de provas no caso que envolve 12 activistas agredidos em Benguela

16 de Setembro, 2025
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Ouça Rádio+

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.