OPaís
Dom, 11 Mai 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Publicações
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Publicações
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

Luto: Morreu o poeta chileno Nicanor Parra

Jornal Opais por Jornal Opais
25 de Janeiro, 2018
Em Cultura
Tempo de Leitura: 2 mins de leitura
0

Criador da “anti-poesia” e vencedor do Prémio Cervantes em 2011, Nicanor Parra morreu esta Terça-feira, aos 103 anos, anunciou o Governo de Santiago

Professor de Física, definiu, com o segundo livro, “Poemas e anti-poemas”, publicado em 1954, o seu próprio destino na literatura chilena, contestando a poesia acomodada, cheia de pompa, escusadamente grave: “Durante meio século, a poesia foi o paraíso do tonto solene, até que cheguei e instalei a montanha-russa”.

Nascido na região mais ocidental da Província de Ñuble, em San Fabián de Alico, a 5 de Setembro de 1914, Nicanor Parra era o mais velho de nove irmãos, entre os quais a cantora Violeta Parra a pioneira da “nova canção chilena”, nascida há cem anos. Nicanor Parra recebeu o Prémio Nacional de Literatura do Chile (1969), o Prémio de Literatura Latino- americana Juan Rulfo (1997), o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-americana (2001) e o Prémio Cervantes (2011).

Era o derradeiro sobrevivente do “trio de grandes poetas chilenos”, que formava com Pablo Neruda e Vicente Huidobro, como a agência de notícias Efe o recorda: “o destruidor dos cânones tradicionais da lírica com os seus ‘instrumentos’ e a sua ‘antipoesia’, um dos grandes do ‘antissistema’” literário.

Fez apelo ao quotidiano, numa obra em que realismo e surrealismo se cruzam, com o “desejo de provocar e libertar” a linguagem. Aos poemas, gostava de chamar “artefactos”. “Passou demasiado sangue sob as pontes, para se continuar a crer que possa seguir-se um só caminho. Em poesia tudo é permitido”, escreveu. Licenciado em Física e Ciências Exactas pela Universidade do Chile, especializou-se em Mecânica na Universidade de Brown, nos Estados Unidos e em Oxford.

Foi catedrático de Mecânica Teórica durante 51 anos, na Universidade de Santiago do Chile, até 1996, onde fundou o Instituto de Estudos Humanísticos, com o poeta Enrique Lihn. Combatente pela democracia, passou períodos de exílio nos Estados Unidos e pertenceu à Frente de Intelectuais que se opôs ao general Augusto Pinochet. Apoiou a campanha pelo “Não”, no referendo de 1988, que levou ao afastamento do ditador.

Além de “Poemas e anti-poemas”, na sua obra destacam-se a obra de estreia, “Cancionero sin nombre” (1937), “La camisa de fuerza” (1968), “Artefactos” (1972), “Poesía política” (1983), “Hojas de Parra” (1985), “Discursos de sobremesa” (2006). Com Neruda escreveu “Discursos” (1960), livro de ensaios que marcou a literatura espanhola da época. As antologias “Poemas para combater a calvíce” (2014) e “O último apaga a luz” (2017) reúnem grande parte da obra de Nicanor Parra. Tradutor de Shakespeare (“Rei Lear”) e de manuais de ciências exactas (“Fundamentos de Física”, de R.B.

Lindsay e H. Margenau), escreveu: “O mais a que se pode aspirar é deixar duas ou três frases em órbita”. Em Portugal, surge na colectânea “Poesia do Século XX, de Thomas Hardy a C.V. Cattaneo”, com tradução de Jorge de Sena (Inova, 1978), em a “Rosa do Mundo – 2001 poemas para o futuro”, traduzido por José Bento (Assírio & Alvim, 2001), e por Miguel Filipe Mochila, para “Acho Que Vou Morrer de Poesia” (Língua Morta, 2015).

Jornal Opais

Jornal Opais

Relacionados - Publicações

Desporto

Barcelona bate Real Madrid e fica a uma vitória do título da LaLiga

11 de Maio, 2025
Administração da Camama aperta o “cerco” ao combate a ocupação ilegal de terras
Sociedade

Administração da Camama aperta o “cerco” ao combate a ocupação ilegal de terras

11 de Maio, 2025
Neth Nahara detida por agredir efectivo da Polícia Fiscal Aduaneira
Sociedade

Neth Nahara detida por agredir efectivo da Polícia Fiscal Aduaneira

11 de Maio, 2025
Mais de 600 pessoas morreram por cólera em Angola
Destaque

Mais de 600 pessoas morreram por cólera em Angola

11 de Maio, 2025
Deixar comentário
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Publicações

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.