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Crença em superstição “sacrifica” crianças em zonas de garimpo de ouro no Huambo

Domingos Bento por Domingos Bento
27 de Junho, 2025
Em Sociedade
Tempo de Leitura: 5 mins de leitura
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Dados a que o jornal OPAÍS teve acesso referem que muitos adultos forçam crianças às zonas de exploração de ouro na província do Huambo por acreditarem que a presença e a energia natural dos menores “dão sorte” para o aparecimento fácil do produto, numa prática que envolve sérios riscos, inclusive mortes e lesões graves. A direcção local da Acção Social diz estar atenta à situação, enquanto a Polícia aponta que tem sido implacável na responsabilização e detenção dos envolvidos na prática

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A crença em superstições tem sido um dos factores de arrasto forçado de muitas crianças para as zonas de garimpo de ouro na província do Huambo, segundo alerta da direcção local da Acção Social, que se mostra preocupada com a situação.

A província do Huambo dispõe de dezasseis projectos de prospecção mineira, com realce para o ouro, diamante, cobre, metais ferrosos e terras raras, e dois de produção de ouro e terras raras.

Porém, apesar da existência destes projectos, tem-se registado a exploração ilegal, vulgo garimpo de ouro, acarretando consigo diversos efeitos adversos, desde os aspectos financeiros, humanos, ambientais e entraves para o desenvolvimento do sector mineiro.

O governo local assume que continua em estreita colaboração com as forças de defesa e segurança e as autoridades tradicionais empenhadas na implementação de estratégias e medidas adequadas para combater a exploração ilegal de ouro.

Todavia, a meio deste esforço, a verdade é que a prática de garimpo de ouro segue em grande escala, arrastando consigo crianças de pouca idade que são usadas por adultos e sob vários riscos.

Dados a que o jornal OPAIS teve acesso referem que muitos adultos forçam crianças às zonas de garimpo de ouro por acreditarem que a presença e a energia dos menores “dão sorte” para o aparecimento fácil do ouro, numa prática que envolve sérios riscos, inclusive, resulta em mortes e lesões graves, como aconteceu, na semana finda, com a morte de cinco pessoas com idades entre 11 e 52 anos, por afogamento, quando realizavam a actividade de garimpo de ouro.

Entretanto, por acreditarem nessa prática, apontam os dados, muitas famílias entregam os seus filhos nas mãos dos garimpeiros de ouro com todos os riscos inerentes.

A directora provincial da Acção Social no Huambo, Maria de Fátima Cawewi, disse que a prática é antiga e tende a crescer, sobretudo no actual contexto de dificuldades em que a maior parte das famílias perdeu os seus rendimentos por conta do desemprego e outros factores resultantes da situação social e económica que o país vive.

De acordo com a responsável, com vista a cobrir parte das insuficiências financeiras e económicas, muitos países “empurram” os seus filhos para diferentes actividades impróprias para a sua idade, desde a venda, esmolas, campos de cultivos e no garimpo de ouro, que é das actividades mais perigosas tendo em conta as suas especificidades.

Segundo Maria de Fátima Cawewi, nestas zonas de exploração ilegal de ouro, as pessoas acreditam que a energia natural e a inocência das crianças contribuem para que o produto seja explorado de forma mais fácil, o que leva a atrair, assim, para essas áreas, vários menores, sendo que muitos deles acabam por perder a vida.

Segundo a responsável da Acção Social no Huambo, todo este movimento tem obrigado os menores a abandonarem as escolas e outras actividades próprias à sua idade para se dedicarem unicamente à exploração de ouro, um procedimento que exige força e muitos riscos.

“Muitos abandonam os campos de cultivo e vão para o garimpo de ouro porque sabem que é o produto que vai lhes fazer ficar ricos, usando as crianças como apoio. É uma inversão de valores que deve merecer a atenção de todos”, apelou.

Fuga antecipada dificulta actuação

De acordo ainda com Maria de Fátima Cawewi, a direcção local da Acção Social tem vindo a fazer o respectivo levantamento, através das direções municipais do órgão que dirige, de forma a registar o número de menores envolvidos nesta prática de exploração ilegal de ouro.

Mas, frisou, o processo tem sido dificultado pelos próprios adultos garimpeiros que dispersam as crianças tão logo os técnicos da Acção Social entram nas zonas de exploração ilegal. “Já temos consciência de que há muitas crianças envolvidas.

Mas agora precisamos saber qual é a percentagem certa. O problema é que, quando os técnicos dos municípios se deslocam para as zonas de garimpo, eles abandonam. Parece que já percebem antes a nossa presença e fogem, dificultando contabilizar o número de crianças que estão nessas áreas”, apontou.

Matar o mal pela raiz

De acordo ainda com Maria de Fátima Cawewi, apesar de todo empenho, há toda a necessidade de se trabalhar mais com as famílias com vista a respeitar e proteger os direitos das crianças.

Conforme explicou, esse trabalho passa, fundamentalmente, pela contínua sensibilização dos pais e fazê-los perceber que as crianças não devem ser usadas para nenhum tipo de práticas, sobretudo aquelas que são impróprias para suas idades e que põem em risco suas vidas.

“O problema é que os próprios pais é que levam os filhos, porque eles dizem mesmo que as crianças é que têm a sorte de encontrar o ouro. São os tais mitos e a crença em práticas supersticiosas”, deplorou.

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Domingos Bento

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