A rede Angolana das Organizações de Serviços de VIH/SIDA, Tuberculose e Malária (ANASO) alerta que a ruptura de preservativos já se arrasta há anos e que, das 21 províncias que o país dispõe, apenas Benguela, Cuanza-Sul e Bié têm uma situação estável por terem apoio directo do Fundo Global. Já as ‘trabalhadoras de sexo’ falam em preço alto do preservativo, enquanto o médico e especialista em saúde pública, Jeremias Agostinho, chama atenção para os perigos no uso de sacos plásticos na hora do sexo. Sobre o assunto, o Instituto Nacional da Luta Contra o Sida garante que o país tem stock suficiente de preservativos
A Rede Angolana das Organizações de Serviços de VIH/SIDA, Tuberculose e Malária (ANASO) revela que o uso de sacos plásticos por alguns jovens durante as relações sexuais ocasionais começou a ganhar corpo no país devido ao preço e escassez de preservativos, alertando, assim, para a exposição de perigos e danos graves à saúde.
Este alerta contraria as políticas públicas, numa altura em que o Executivo e diversas organizações da sociedade têm vindo a implementar diversas acções com vista ao recuo da taxa do HIV/SIDA. Na semana finda, a directora do Instituto Nacional de Luta contra o SIDA (INLS), Lúcia Furtado, anunciou que a taxa de prevalência da doença no país está fixada em 1,6 por cento, o que representa uma redução face ao ano de 2015, que registava um índice de 2 por cento.
A responsável afirmou ainda que, actualmente, cerca de 370 mil pessoas vivem com VIH/SIDA no país. Não obstante aos números, Lúcia Furtado referiu que Angola figura na lista dos países da África subsa-ariana que mais investem no combate à doença, com cerca de 85% do financiamento destinado ao sector, sendo a maior parte destinada ao tratamento. Entretanto, o uso de sacos plásticos nas relações sexuais, como refere a ANASO, pode, segundo es- pecialistas, constituir um recuo nessas acções.
POR: Domingos Bento e Onésimo Lufuankenda
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