Caro coordenador do Jornal OPAÍS, saudações e votos de uma boa Segunda- feira. Eu penso que a passagem de ano também pede cuidado, embora muita gente confunda celebração com ausência total de juízo.
Comer e beber sem limites, misturar tudo o que aparece e achar que o corpo aguenta porque “é só hoje” costuma ser a primeira asneira do ano novo. É preciso perceber que o nosso fígado não sabe que é festa…
Há também o cuidado básico com a nossa segurança. Vale destacar que conduzir depois de beber continua a ser tratado como detalhe irrelevante, quando na verdade é uma roleta russa mal disfarçada. Evitar excessos, escolher não pegar no volante e pensar dois segundos antes de qualquer decisão impulsiva não tira a graça da noite, só evita tragédias inúteis.
A virada do ano amplifica carências, comparações e frustrações. Redes sociais viram um desfile de felicidade e muita gente cai na armadilha de medir a própria vida pelo sorriso alheio.
Desligar um pouco, respeitar o próprio ritmo e não exigir alegria obrigatória é, de facto, uma forma de sanidade. Convém também ter cuidado com promessas grandiosas. Juramentos feitos à meia-noite, sem plano, costumam morrer antes de Fevereiro. Era só isso, meus amigos. Muita calma nessa fase..
POR: Luís Cunha de Matos









