Caro coordenador do Jornal OPAÍS, votos de uma óptima Quinta-feira. Na verdade, respeitar os mortos é um princípio que atravessa culturas, religiões e sociedades. Independentemente das crenças pessoais, o falecimento de alguém marca o fim de uma vida e, com ele, a necessidade de reconhecimento da dignidade que a pessoa merece mesmo após a morte.
O respeito aos mortos também se manifesta nas tradições e rituais que cercam o luto. Cerimónias, sepultamentos e homenagens são formas de dar sentido à ausência, permitindo que familiares e amigos expressem sua dor de maneira organizada e simbólica.
Ao ignorar ou desrespeitar esses ritos, a sociedade corre o risco de banalizar a morte e de ferir emocionalmente aqueles que permanecem. Além do aspecto cultural e emocional, respeitar os mortos é uma questão de ética social.
Mesmo na ausência física, a memória das pessoas influencia comunidades, histórias e identidades colectivas. Vale sublinhar que a preservação de túmulos, memórias e relatos da vida de alguém garante que o legado do falecido não seja apagado ou distorcido.
POR: Manuel dos Santos Luanda, São Paulo









