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A inflação será pior que a estagflação?!

Jornal Opais por Jornal Opais
9 de Agosto, 2024
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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De uma forma generalizada, todos os dias, os angolanos se surpreendem quando vão às compras, pois com os mesmos rendimentos adquirem uma quantidade cada vez menor de bens e serviços necessários para colmatar as suas necessidades, aliás, os preços são sempre superiores aos do dia anterior, ficando-se com a sensação de que os salários estejam sempre a diminuir.

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Apesar de não resolver a questão no seu todo, felizmente acaba por aguçar o engenho e a criatividade das pessoas em busca de soluções que permitam contornar o espiral dos preços, levando actualmente ao novo fenómeno “sócia”, isto é, ir ao mercado e com um outro cliente comprar um produto a um preço inteiro e depois o dividir.

É bastante difícil o cidadão pensar em algo mais preocupante para o seu bolso do que se deparar sempre com preços altos, ou seja, a actual conjuntura macroeconómica do país leva os angolanos a acreditarem que não existe algo mais preocupante para as famílias do que a inflação, tida como a subida generalizada dos preços.

Mas, em verdade, existe. Dito de outro modo, o arrefecimento da actividade económica e o aumento do desemprego são mais graves do que a inflação. A esse fenómeno económico denomina-se estagflação e resulta da combinação das palavras “estagnação” e “inflação”.

De forma resumida, ocorre quando num país se verifica simultaneamente um aumento acelerado do nível de preços, uma queda na actividade económica e uma subida do nível de desemprego, tornando bastante difícil a busca do governo e do banco central pelo equilíbrio macroeconómico do país (estabilidade da moeda nacional e das finanças públicas).

O cidadão sente a estagflação por duas vias, ainda que não tenha conhecimento científico/ académico sobre a mesma. Por isso, a primeira dá-se com a acelerada redução da oferta de empregos, em resposta a total paralisação da economia ou do seu avanço com níveis muito lentos, portanto, a outra é surge com base na redução da qualidade de vida e em consequência da perda do poder de compra dos salários, uma vez que se assiste a um constante aumento da inflação.

Em regra, a inflação é associada a uma economia aquecida, com o aumento da procura a impulsionar os preços para cima, ao passo que a estagnação verifica-se num cenário de fraca actividade económica. Isto resulta frequentemente de choques de oferta, como um aumento significativo nos preços das commodities (especialmente o petróleo) que aumentam os custos de produção.

Sem descurar que também pode resultar da má elaboração e planeamento de políticas públicas, rigidez no mercado de trabalho ou de factores externos que afectem negativamente a economia, logo a complexidade das suas causas resulta num fenómeno bastante difícil de prever e gerir.

Há sensivelmente uma década, Angola registou uma evolução negativa nos seus principais indicadores económicos e uma degradação contínua da sua estabilidade macroeconómica, o que acarreta consequências económicas e sociais bastante graves.

Pois, assiste-se à perda do poder de compra das famílias (consequentemente da sua qualidade de vida), arrefecimento da actividade económica (gerando uma queda acentuada da arrecadação de receitas públicas, mais concretamente de receitas petrolíferas), subida do nível geral de preços (inflação), aumento das taxas de desemprego e um grande peso do serviço da dívida pública sobre o OGE (asfixiando o Governo ao ponto de se ver impossibilitado de honrar compromissos essenciais, sendo um claro exemplo às recentes dificuldades para se efectuar o pagamento dos salários da função pública).

Importa sinalizar que Angola não é o primeiro país a enfrentar uma estagflação e que tal fenómeno não é exclusivamente registado em países em via de desenvolvimento (como exemplo, temos o caso dos EUA e o Reino Unido na década de 1970).

Não existe universalmente consensos sobre a melhor solução para se evitar ou sair de uma estagflação, o que justifica tratar-se de uma questão bastante complexa e intrigante, que desafia até mesmo os bancos centrais e os economistas mais experientes.

Pois, existem diversas variáveis que devem ser consideradas, porque cada uma delas exige uma determinada postura por parte das autoridades. Geralmente, o controlo do déficit fiscal é a pedra angular para se sair da estagflação.

É necessário deixar claro que o processo de resolução da estagflação é moroso e doloroso. E que, para tal, é fundamental o Governo ter um plano para a redução de gastos e reequilíbrios das finanças públicas (condução eficiente da política fiscal) e também o Banco Nacional de Angola (BNA) implementar um conjunto de medidas adequadas e eficientes de política monetária.

 

Por: WILSON NEVES*

Economista*

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