Evaristo Amândio Augusto, presidente do Conselho de Administração da empresa Evarmande, fala sobre os desafios e conquistas do grupo que actua nos sectores da construção civil, prestação de serviços, agropecuária e, em breve, educação. Com mais de 600 trabalhadores, a empresa tem apostado fortemente no Uíge, província natal do empresário, sem deixar de expandir operações para Luanda. Na entrevista, Augusto destaca o potencial económico da região, as dificuldades de financiamento, a necessidade de diversificação de negócios e a urgência de maior dinamismo da banca comercial no apoio às empresas nacionais
A vossa empresa entrou há alguns anos no segmento da construção civil e obras públicas e está prestes a entrar no sector da educação. Como descreve o vosso grupo empresarial hoje?
Nós trabalhamos no ramo de construção civil, mas o nosso forte é na área de prestação de serviços, sobretudo no segmento de impeza e manutenção. Portanto, são as áreas onde nós trabalhamos. Também estamos no sector primário, ou seja, temos uma fazenda, trabalhamos na agrope- cuária. Estamos a criar animais e a apostar na produção vegetal na nossa fazenda, que se situa a 150 quilómetros.
Como empresário, por que razão a escolha do Uíge para investir?
Bom, o Uíge é porque nascemos aqui e, a exemplo do que se faz em outras paragens de Angola, o Uíge também precisa de se desenvolver. Nós fizemos aqui para que se diminua também um pouco as assimetrias que persistem no país. Não só investimos no Uíge, nós temos também negócios em Luanda.
E em que sector actuam na capital do país?
Estamos em Luanda, sobretudo no domínio de obras. Nós temos obras nesse momento em curso na província de Luanda. Mas o maior in- vestimento é mesmo cá na província do Uíge.
O Uíge pode ser descrito como uma província com inúmeras oportunidades de negócio?
O Uíge é uma província virgem, como Angola toda. Tem muitas oportunidades, mas há muitas dificuldades também. Para se in vestir, é preciso que haja capital. E o grande problema que nós debatemos tem a ver com a situação fi- nanceira. Nós, por exemplo, tra- balhamos no domínio de limpeza, nós é que tratamos grande parte, se não todos, os hospitais de referência que temos na província.