O presidente da Câmara de Comércio Angola-China (CAC), Luís Cupeñala, manifestou ontem, em Luanda, a necessidade de os Estados africanos pautarem pela abertura de criação de zonas livres de comércio para a geração de empregos e atracção de investimentos estrangeiros
O líder da CAC defende que nenhuma região do mundo precisa tanto de zonas económicas especiais como a África, que deve olhar para a questão como uma prioridade estratégica, semelhante a outras regiões do mundo. Nas suas declarações, por ocasião da assinatura de três acordos com diferentes instituições angolanas, Luís Cupeñala defendeu que as zonas económicas livres em África representam o motor de crescimento económico
“As zonas económicas especiais possuem dois objectivos: gerar receitas tributárias e permitir o alinhamento fiscal internacional”, explicou Luís Cupeñala. Para maximizar o poder destas áreas, Angola, em particular, deve concentrar-se na melhoria contínua do ambiente empresarial, implementando políticas que incentivem o investimento estrangeiro directo.
Para a CAC, a optimização das zonas económicas livres depende, em parte, da vontade do Executivo em apostar na implementação de estratégias que visam atrair o investimento local por parte de empresas angolanas de valor externo e interno e competitivo, sustentadas por um quadro jurídico sólido que proteja os investimentos e os seus promotores.
Em termos de números, o presidente avançou que Angola possui actualmente 22 zonas económicas especiais, com 40 mil hectares reservados, dos quais 33% estão ocupados por actividades económicas. Estima-se a existência de 12 mil hectares em uso em Angola, distribuídos em média de mil a dois mil hectares por zonas económicas, evidenciando uma margem significativa para a melhoria da expansão do comércio.









