Sem alma e sem fio de jogo! A Selecção Nacional de futebol foi incapaz de vergar ontem o Egipto no CAN 2025 que decorre em Marrocos. Não passou de um empate sem golos no fecho da 3.ª ronda do grupo B.
Com jogadas pouco electrizantes, os Palancas Negras perderam a soberana oportunidade de fazer história. Já qualificados, os Faraós entraram com a segunda equipa. Deram-se até o luxo de deixar o craque Salah, Marmoush e Trezeguet no banco.
Depois do desaire à Patrice Beaumelle, o técnico, na primeira ronda, diante da África do Sul (2-1), e o empate com sabor à derrota, frente ao Zimbabwe (1-1), pode-se inferir que o também treinador não conhece os atletas.
Foi contratado três meses antes do arranque da prova, deixando Pedro Gonçalves de malas feitas. Neste sentido, a Federação Angolana de Futebol (FAF), presidida por Alves Simões, tem a obrigação de dar o corpo às balas na conferência de imprensa em Luanda e assumir que o tempo de improvisar já passou.
Assim sendo, a equipa base que participou no CAN 2023, na Côte d’Ivoire, cujo brilharete foi assinalável, com a entrada de um ou de outro em solo marroquino, não mudou muito.
Como é que a alma e o fio de jogo desapareceram? Com esta escorregadela, a FAF não deve ter comportamento de avestruz, isto é, enterrar a cabeça na areia. À FAF fica também o recado de que o desporto, neste caso o futebol, pela sua especificidade, deve ser encarado como ciência. Tem leis académicas próprias. Reitera-se que o tempo do improviso já passou.








