João Lourenço referiu ainda que o Carnaval, uma das maiores expressões culturais do país, continuará a merecer o apoio do Executivo.
Destacou, neste ano, a realização de uma edição especial inserida nas comemorações dos 50 anos da Independência Nacional, que contou, pela primeira vez, com grupos carnavalescos de todas as províncias a desfilar num mesmo espaço. Segundo o Presidente, a realização demonstrou que a diversidade cul tural é uma riqueza e que a unidade nacional é a força da Nação.
O secretário-geral da Associação Provincial do Carnaval de Luan da (APROCAL), António de Oliveira “Delon”, considerou que o discurso presidencial deve ser interpretado como orientador. Para o também actor, cada governador e administrador municipal deve perceber que a cultura é um elemento catalisador da participação popular.
“Não há governação sem cultura, sem arte. Aqui, por acaso, estamos de parabéns. Ainda bem que foi um pronunciamento feito pelo Chefe de Estado. Por isso, estamos de para béns”, enalteceu.
Após o pronunciamento, Delon es pera maior engajamento do Ministério da Cultura, dos governado res provinciais e dos municípios. Aponta ainda que entidades como a APROCAL devem buscar parcerias com empresas para patrocinar directamente os grupos e a organização do Carnaval, contribuindo para o aumento da qualidade do evento e atração de turistas Questionado sobre os principais pontos a melhorar, destacou como prioritários a valorização dos prémios para os grupos; criação de condições de trabalho, como sedes e espaços culturais; apoio à divulgação da imagem do Carnaval, incluindo músicas e notícias nas rádios, televisões e outros meios durante todo o ano.
“A notícia do Carnaval tem que circular durante todo o ano, para motivar também aqueles que se dedicam a essa prática. Seria ideal que, pelo menos uma ou três vezes por mês, houvesse divulgação na imprensa. Assim, mantemos viva a chama do Carnaval, que é, de facto, a nossa maior manifestação cultural.
Sobre o desfile comemorativo dos 50 anos de independência, Delon considera que foi uma verdadeira aula, permitindo ao público conhecer como os grupos de outras províncias vivem o Carnaval.
“O país é descrito como culturalmente rico, e isso foi claramente ilustrado neste desfile. Independentemente do nível que o Carnaval de Luanda já atingiu, as outras províncias não ficaram para trás. Trouxeram aquilo que representa suas regiões — a identidade cultural de cada uma. Foi uma exibição exuberante, muito bonita de se ver”, concluiu.