À coordenação do jornal OPAÍS, saudações e votos de óptima disposição! Nesta época de cacimbo, acidadede Luanda e arredores mostra-se repleta de meninos e meninas de rua. Elas passam noites e noites ao relento.Muitasestão doentes. As autoridades fingem que nada esteja a acontecer.
Digo isto, porque há dias um adolescente, nos lados do1.ºdeMaio,estava a arder de febre e os amigos ou companheiros não sabiam o que fazer. O cenário foi tão triste que, horas depois, houve a necessidade de se ir a uma farmácia comprar medicamentos para os primeiros socorros.
Como ela não conseguia meter-se de pé, era necessário tomar pelo menos um paracetamol e ganhar forças. Horas depois, foi levado para o Banco de Urgência do Maria Pia. De lá para cá, não sei como está a criança.
Elas levam uma vida de risco nas ruasdeLuanda, consomem tudo o que estiver ao alcance e sem olhar para as consequências. Penso que as autoridades têm a obrigação de alargar o leque de trabalhos quanto às crianças de rua, porque deixa mal a nossa cidade.
Para mim, as soluções ainda não se esgotaram, basta encontrar soluções para o efeito com parceiros sociais. Uma criança educada e controlada, futuro certo para um país que pretende ir mais longe quanto ao desenvolvimento em várias áreas do saber social, político, económico e afins. Respeitemos os direitos da criança!
POR: Luís Bamba, Luanda