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Ângelo Boss: “A indústria musical angolana (ainda) carece de grandes investimentos”

O músico e compositor Ângelo Boss, que está de regresso ao mercado musical angolano, depois de vários anos ausente por motivos pessoais e profissionais, considera que a indústria musical em Angola ainda não tem rentabilidade suficiente capaz de garantir a sustentabilidade plena dos artistas, sem precisar que os mesmos recorram a outras fontes de renda

Bernardo Pires por Bernardo Pires
27 de Setembro, 2024
Em Cultura, Em Cartaz
Tempo de Leitura: 5 mins de leitura
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O artista, que recentemente celebrou 40 anos de carreira com um concerto intimista, afirma que a indústria musical angolana carece de grandes investimentos capazes de tornar o sector, por si só, sustentável, com rendimentos que possam garantir o sustento dos seus intervenientes de forma digna e autónoma.

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Segundo o músico, apesar de já se ver alguma melhoria no que diz respeito aos investimentos que são feitos no sector musical, ainda não é possível o cantor(a) viver inteiramente da sua arte, razão pela qual, justifica, a maior parte dos artistas, além da música, dedicam-se a outras áreas profissionais.

Sem rodeios, o autor de vários sucessos como “Big Boss”, “Bebedeira” e “Angola ku Muxima”, admite a existência de artistas que vivem da música, mas ressalta que estes são um número muito reduzido e que, de certa forma, já gozavam de outras fontes de renda antes mesmo de se dedicarem inteiramente à música. “É uma utopia dizer que o músico em Angola já consegue viver inteiramente da sua arte.

Não é o facto de um, dois ou três conseguirem se sustentar da música que já podemos afirmar categoricamente que já é possível. A nossa indústria musical ainda precisa de sérios investimentos para chegarmos ao nível de garantir a sustentabilidade da classe de forma generalizada”, disse o músico em entrevista exclusiva ao “OPAIS”.

Ângelo Boss disse entender que as artes, de forma generalizada, a nível do mercado nacional ainda são pouco valorizadas e a música, apesar de algumas melhorias visíveis, fruto de um esforço contínuo dos actores do sector, não foge à regra.

O artista ressalta que a música é das artes que mais atrai receitas e investimentos para o sector cultural do país. No entanto, no seu entender, as condições de vida dos músicos, no grosso modo, ainda deixam a desejar.

Na sua visão, o artista deve ser valorizado pelo seu trabalho assim como qualquer outro profissional, com condições necessárias capazes de lhe permitir levar uma vida digna.

“A música é o primeiro passaporte de qualquer país. Podemos falar de outras áreas, mas a música é daquelas que transcende barreiras, une povos de diferentes nações, culturas, línguas ou etnias, ela precisa ser valorizada nesta dimensão transversal e quem a faz não pode ficar de fora desta valorização”, sublinhou.

Custo de produção

Questionado sobre a avaliação que faz ao estado actual do mercado musical, o artista reconheceu melhorias significativas tanto na qualidade da letra quanto na melodia e sonoridade, impulsionada, sobretudo, pelo surgimento das novas tecnologias, tendo afirmado que actualmente já se pode fazer música de boa qualidade com menos custos.

Embora a difícil situação económica que o país atravessa tenha um reflexo negativo em todos os sectores, Ângelo Boss disse que, ainda assim, as artes, e em especial a música, continuam a apresentar resultados de qualidade que têm elevado a bandeira nacional nas grandes ‘leads’ culturais internacionais.

Para si, um grosso de músicos nacionais quando participa nos eventos internacionais tem-se destacado, positivamente, devido ao “bom trabalho” que tem apresentado o que, realça, “é um orgulho para a nação” e motivo para se ampliar os investimentos e melhorar as políticas de gestão do sector da cultura.

Reconquistar o espaço no mercado

Com quatro décadas de carreira artística, que lhe permitiram lançar cinco discos no mercado, o artista, que reside em Lisboa há mais de 30 anos, diz estar focado em “reconquistar” o seu espaço no mercado nacional, depois de alguns anos ausente.

Adiantou que está a trabalhar em novos temas musicais que vão fazer parte do seu novo disco, cujo lançamento acontece ainda este ano, e com o qual tenciona dar o “pontapé de saída” nesta missão de resgatar a sua mística.

Avançou que há vários anos que os fãs têm questionado a sua ausência por isso, antes do ano terminar, vai disponibilizar o álbum para “matar a sede” dos fãs e apreciadores do seu trabalho.

“Os meus fãs podem estar descansados, estou a trabalhar para ‘quebrar esse gelo’ da ausência, estou a gravar músicas que vão fazer parte do meu disco que lanço ainda este ano”, adiantou.

Álbum “40 anos” quase pronto

Com a produção a cargo do músico e produtor Dj Beto Max, o álbum, intitulado “40 anos”, em homenagem aos quarenta anos de carreira assinalados este ano, vai estar repleto de uma variedade de estilos e gêneros musicais, entre os quais a kizomba, o Semba, o Zouk, a Antilhana e uma ‘pincelada’ de Tarraxinha.

Em termos de participação, o disco, que ainda se encontra em processos de produção, até ao momento, segundo o artista, já conta com as participações de músicos como Ivan Alekxei, Livongue, Beto Max e Big Boss, estando ainda aberta a possibilidade de incluir mais intervenientes.

Além de músicos, o álbum vai contar também com a intervenção de instrumentistas que, com diferentes instrumentos, vão ser produzidos ritmos originais para dar um carácter autêntico e sonoridades peculiares à obra.

“A música promocional já está a circular nas redes sociais e nas plataformas digitais que é ‘Cheira a Jasmim’, com participação de Beto Max, e já está com bom feedback do público”, adiantou o artista.

Breve histórico do artista

Nascido a 4 de Dezembro de 1970, em Luanda, Ângelo Boss teve o primeiro contacto com os microfones em 1980 enquanto repórter infantil do programa Piô-Piô.

No mundo artístico estreou-se ainda muito novo, com a música “Wassamba”, em 1984, uma composição de Rosa Roque, adaptada do livro “As Aventuras de Ngunga”, de Pepetela. Mas antes fez parte do agrupamento musical infantil “Pica-Pau”, do qual era vocalista.

Aos 24 anos de idade (em 1994) imigrou para Lisboa, Portugal, com o propósito de dar continuidade aos estudos e apostar na sua carreira artística, fazendo espectáculos ao vivo em discotecas e bares em vários pontos de Lisboa e outras cidades portuguesas.

Previsão de realizar um grande Show de ‘40 anos’

Sem precisar datas, o músico adiantou, em exclusivo a este jornal, que pretende realizar um grande Show, ainda este ano, para celebrar os 40 anos de carreira recentemente alçados. Segundo o artista, será um espectáculo que vai reflectir a sua trajectória musical, com apresentação dos vários sucessos que marcaram o seu percurso e com convidados “especiais” que fizeram ou fazem parte da sua história de vida profissional e, nalguns casos, pessoal.

“Estamos a pensar num grande show dos 40 anos de carreira, um espectáculo mesmo grande, ainda este ano, mas isso mais lá para frente, depois do lançamento do álbum”, avançou.

Recorde-se que no passado mês de Agosto, o autor de “kimbo kuia” realizou um concerto intimista, em Talatona, para celebrar os 40 anos de carreira musical, no qual brindou os fãs com temas que marcaram o seu percurso artístico e alguns temas novos. O concerto contou com a participação dos músicos Big Boss (seu irmão mais novo), Walter Ananás, Presilha, Mago de Sousa e Eddy Tussa.

Bernardo Pires

Bernardo Pires

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