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A terra da liberdade desenfreada

Jornal Opais por Jornal Opais
27 de Outubro, 2023
Em Opinião

Os EUA são universalmente conhecidos como sendo a terra dos livres e lar dos bravos, um lugar onde tanto nativos quanto estrangeiros têm a possibilidade de concretizar o tão almejado “sonho americano”. Contanto que se esforcem e trabalhem duro o suficiente, tal sonho, diz-se, encontra-se ao alcance de qualquer um.

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Nesta terra tão real quanto onírica, a liberdade beira o absoluto. Prova flagrante de que ela é livremente exercida é o facto de que existem nesta terra, templos construídos para adorar a satanás, com os fiéis do chamado “templo satânico” saindo muitas vezes à rua em procissão como forma de expressão da sua crença e fé, carregando consigo uma enorme estátua de baphomet, imagem representativa de satanás, bem como todo um vasto conjunto de simbologia ocultista.

Nesta igreja, todo o tipo de rituais bizarros é realizado, sendo que queimar e rasgar a Bíblia em pedaços é uma das práticas mais comuns dos fiéis da seita.

A justificação para a existência de tais grupos é argumentada e fundamentada com base no direito a liberdade de culto. Os fundadores desta igreja tendem a fazer uma comparação ciumenta com o Cristianismo, alegando que se Cristãos têm a liberdade de professar a sua fé, também eles merecem gozar de tal liberdade.

Ora, até que ponto se deve estender a liberdade de alguém? O que se verifica hoje na América, o chamado “mundo livre”, é o exercício de uma liberdade desenfreada e extremamente nociva, alérgica a qualquer forma de imposição de limites.

Segundo o Professor e Psicoterapeuta brasileiro Augusto Ollivieri, a ideia de total liberdade sem existência de limites é muito mais uma bizarrice abstrata do que uma reflexão fiel da realidade.

Até um quadro que é muito bem delimitado pela sua moldura, possibilita toda uma liberdade dentro das suas próprias delimitações.

Em sentido análogo, os cidadãos angolanos têm a liberdade de circular livremente dentro daquilo que é compreendido como a extensão de todo o território de Angola, porém, se quiserem deslocar-se até aos países vizinhos, terão de obedecer primeiramente a todo um processo burocrâtico de cunho jurídico-legal dependendo do estado das relações diplomáticas existentes entre Angola e os mesmos.

O conceito de liberdade conforme é actualmente encarado e vivido nos EUA assemelha-se a um veículo desgovernado, e veículos desgovernados geralmente conduzem a fatalidades.

A problemática do conceito americano de liberdade reside no facto de que tudo o que acontece naquele país não tarda a propagar-se pelo resto do mundo.

A sociedade estadunidense trava uma batalha ferrenha que opõe moral, ética, princípios e valores Cristãos ao completo desrespeito e desinteresse pela observação e preservação destes.

Numa fase em que se verifica uma intensificação no interesse de famílias africanas em se deslocar para a terra onde, inclusive, a liberdade é encarada com tamanha seriedade que se lhe foi construída na chamada “big apple” uma famosa estátua em sua homenagem, o maior desafio, parece-me, reside no choque cultural inevitável que estas famílias são forçadas a enfrentar.

As famílias africanas que se mudam para os EUA fazem-no, compreensivelmente, tendo em vista as inúmeras oportunidades que o país oferece. Porém, é prudente que se avaliem também os riscos.

É crucial a necessidade de se estudar a realidade social do país e compará-la a sua, uma vez que os seus filhos estarão expostos à cultura daquele país e, diga-se de passagem, nem tudo são rosas.

Existe actualmente nos Estados Unidos um elevado número de adolescentes que, alegando terem nascido no corpo errado, são submetidos, com a anuência dos pais, a uma cirurgia denominada “gender-affirming surgery”, que em português se poderia chamar de “cirurgia de redesignação sexual”.

Trata-se de uma série de procedimentos cirúrgicos que alteram a sua aparência física, permitindo que pessoas consideradas biologicamente como homens possuam impressionantes características femininas e vice-versa.

Este processo é geralmente chamado de processo de transição, realizado em grande escala por transexuais de ambos os lados do espectro.

Os homens que se sujeitam a tais cirurgias acabam por remover o seu órgão genital em troca de uma genitália feminina, facto que em muitos casos conduz a arrependimento, depressão e suicídio devido a sua irreversibilidade.

Existem pessoas que não se submetem a este tipo de cirurgia e a sua transição é meramente externa e superficial, fazendo recurso a produtos estéticos para mais facilmente se parecerem com o gênero com que verdadeiramente se identificam, limitando-se simplesmente a alterar o gênero sexual original que consta na certidão de nascimento.

No Estado da Califórnia, por exemplo, por sinal dos mais progressistas e liberais, as chamadas mulheres transexuais têm o direito legal de fazer uso dos quartos de banho femininos e as reclusas transexuais também são encarceradas em prisões femininas.

Apesar de serem biologicamente homens, elas, e pelos vistos os Estados que aprovaram tais leis, parecem não entender assim.

As famílias africanas que sonham mudar-se para os EUA, na sua esmagadora maioria Cristãs e Islâmicas, imbuídas de princípios conservadores e tradicionais, também precisam ter consciência de que actualmente muitas instituições de ensino daquele país ministram aulas de ideologia de gênero.

Nestas, adolescentes e jovens são ensinados que existem vários gêneros além do masculino e feminino. Existem, por exemplo, o que eles consideram pessoas não binárias, conceito que, confesso, ainda me casa alguma confusão.

Aprende-se, inclusive, que homens também podem menstruar. Ou seja, não aqueles nascidos biologicamente como homens, mas aqueles que fizeram a transição, isto é, pessoas biologicamente consideradas mulheres, mas que se identificam como homens.

Não faço objeção à vontade que as famílias Africanas têm de imigrar para o país da liberdade desenfreada, o meu principal apelo é que o façam com a plena consciência de que lá, diferente das sociedades Africanas, não existe grande diferença entre liberdade e libertinagem. Quem tem olhos, que olhe.

 

Por: EDUARDO PAPELO

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