O Executivo está a avançar com a construção da barragem do Bero, uma das principais respostas estruturantes com vista a mitigar os impactos da seca cíclica no sul do país, no âmbito do Programa de Combate aos Efeitos da Seca (PCESSA), coordenado pelo Ministério da Energia e Águas. A infra-estrutura, em execução na província do Namibe, visa garantir disponibilidade permanente de água e melhorar significativamente as condições de vida da população
Segundo o Ministério da Energia e Águas (MINEA), tratada como principal referência deste trabalho, a barragem está a ser erguida em betão compactado com cilindros e terá capacidade para armazenar 81,4 milhões de metros cúbicos de água, o que vai permitir irrigar cerca de 1.417 hectares destinados à agricultura e outros fins económicos.
Além de reforçar a capacidade de captação e armazenamento, o projecto vai assegurar igualmente o fornecimento de água potável à cidade de Moçâmedes, alargar a distribuição e responder ao crescimento populacional da capital da província do Namibe.
O Executivo destaca igualmente os impactos sociais e económicos desta importante infra-estrutura, que vai melhorar o acesso à água, reduzir a incidência das doenças de origem hídrica, aliviar a pressão sobre os serviços de saúde e diminuir as despesas públicas associadas.
Em termos de emprego, segundo o Ministério da Energia e Águas, a obra já envolve 5.500 jovens e deverá criar novas oportunidades após a sua conclusão, dinamizando, assim, a economia local e atraindo investimentos. Com a entrega prevista para 2028, a barragem do Bero começará a beneficiar as comunidades antes da conclusão total, já que, de acordo com o MINEA, o armazenamento inicial vai permitir o uso da água para fins diversos.
A iniciativa integra um conjunto mais alargado de soluções estruturais que o Executivo está a implementar no Namibe, que inclui a recuperação de 43 barragens nos municípios da Bibala, Camucuio, Cacimbas, Lucira, Sacomar, Moçâmedes e Virei, bem como a projecção de outras cinco nas bacias do Giraul, Curoca, Bentiaba, Inamamgando e Carunjamba.
De acordo com os dados oficiais do PCESSA, até 2027 o programa vai levar água a mais de 2 milhões de pessoas no sul do país, nomeadamente nas províncias do Cunene, Namibe e Huíla – com a capacidade total de armazenamento de cerca de 600 milhões de metros cúbicos, irrigação de 46 mil hectares, instalação de 90 mil ligações domiciliárias, 3.200 chafarizes e 125 chimpacas.
O MINEA reforça que estes projectos são prioritários e demonstram o compromisso do Executivo em elevar a qualidade de vida das populações e garantir maior dignidade às famílias angolanas.









