O Porto do Lobito assinalou ontem, o Dia Internacional Contra a Corrupção com uma palestra dedicada ao tema “A percepção popular e o combate à corrupção em África”.
Segundo uma nota da empresa, a que OPAÍS teve acesso, o evento visou reafirmar o compromisso da instituição com a integridade, a transparência e a adopção de melhores práticas na Administração Pública.
O acto, realizado na Casa do Pessoal, reuniu mais de 50 trabalhadores, entre Directores, Assessores e técnicos, numa sessão conduzida pelo docente universitário Victorino Chivela Roque, convidado principal da iniciativa promovida pelo Comité de Ética do Porto do Lobito.
Na abertura, o administrador executivo para os Recursos Humanos e PCA em exercício, Romão de Andrade, reforçou a importância de promover uma cultura institucional assente na transparência.
O gestor salientou também a necessidade de perseverar na formação ética, sublinhando que “se queremos organizações fortes, precisamos de servidores públicos esclarecidos e formados”.
Em representação da presidente do Comité de Ética, Ana Quinene Filipe, o vice-presidente Henrique Pascoal alertou para as consequências sociais e institucionais do fenómeno.
“A corrupção mina as bases de qualquer democracia. Abala a confiança dos cidadãos, destrói valores e compromete o desenvolvimento sustentável. Quando uma instituição falha na ética, todo o país perde”, disse. Reforçou ainda que o combate exige coragem colectiva: “Ninguém vence este desafio sozinho. A luta contra a corrupção só é eficaz quando cada trabalhador decide ser parte da solução”.
Durante a sua intervenção, o orador convidado Victorino Chivela Roque apresentou reflexões sobre o impacto global e africano do fenómeno.
“A corrupção atrapalha o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio e corrói o Estado de Direito. Onde ela prospera, a justiça enfraquece, os direitos humanos são violados e o crime organizado encontra terreno fértil”, destacou.
A palestra terminou com o apelo a uma cultura organizacional baseada na integridade, no rigor, na denúncia responsável e na defesa intransigente do interesse público.









