O presidente do conselho de administração do instituto geográfico e Cadastral de Angola, Conceição Luís Cristóvão, revela a existência de funcionários da sua instituição envolvidos em práticas as quais ele qualifica de menos correcta, consubstanciadas, em muitos casos, em falsificação de documentos para a concessão de terreno. Sem avançar números, o responsável admite que muitos desses funcionários já sentem a mão pesada da justiça
Técnicos do IGCA são sistematica mente apontados por alguns administradores municipais como aqueles cujas acções têm concorrido para a inviabilização de determinados dossiers, no que se refere, fundamentalmente, à concessão de espaços para a exploração agrícola e florestal.
Devido à excessiva burocracia, associado a práticas de corrupção, muitas regiões têm sido prejudicadas. Em muitos casos, as entidades concedentes atribuem espaços, mas os cidadãos, maior parte dos quais investidores, vêem-se de mãos atadas por alegadas acções indecorosas de técnicos dessa instituição.
Estas e outras questões foram levantadas, recentemente, no Fórum de Municípios e Cidades de Angola, uma oportunidade que os administradores municipais de todo o país tiveram para apontar o dedo ao IGCA, na presença do ministro da Administração do Território, Dionísio da Fonseca.
POR: Constantino Eduardo, em Benguela