A Polícia Judiciária Portuguesa interrogou o antigo director da Delta Imobiliária, Paulo Manuel Rodrigues Cascão, a pedido da Procuradoria-Geral da República de Angola, sobre os factos constantes no processo-crime n.º 32/2020, que tem entre os arguidos os generais Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa” e Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”
A iniciativa visou atender a um pedido que a PGR angolana endereçou à sua congénere portuguesa, através de uma carta rogatória, ao que esta instituição encaminhou à Polícia Judiciária (PJ) para dar o devido tratamento, dado que o cidadão em causa se encontra a residir neste país europeu há anos.
As declarações de Paulo Cascão, que foi ouvido na condição de declarante, já se encontram em posse da juíza-presidente da causa, Anabela Vanlente, que conduz o julgamento envolvendo o antigo ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do então Presidente da República e o antigo consultor deste órgão, e vão ser lidas na audiência agendada para o dia 30 do corrente mês.
Paulo Cascão tornou-se uma peça fundamental deste processo pelo facto de o Ministério Público (MP) ter apontado que a empresa que dirigia, a Delta Imobiliária, participou de um esquema “de contrato de reembolso” que terá possibilitado um desfalque de mais de 200 milhões de dólares ao Estado, por via da Sonangol Imobiliária, subsidiária da petrolífera nacional.
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