Incertezas, perigos, convivência diária com animais e outras adversidades cercam a vida dos antigos moradores do bairro da Chicala que, há 11 anos, foram realojados na região da Cabala, município de Quissama, há 75 km de Luanda. Atenção das autorida- des na cedência de habitações condignas é o sonho dos populares que dizem ter sido esquecidos pelo Governo desde que foram realojados naquela localidade sem o mínimo de condições de habitabilidade
Há 11 anos que os antigos moradores do bairro da Chicala, em Luanda, reassentados no bairro Cabala, no agora município da Quissama, se tornaram cartão de visita pelas piores razões para os peregrinos ao Santuário da Muxima, o maior palco mariano de fé aberto oficialmente hoje, arrastando consigo milhares de fiéis provenientes de todo o país e do exterior.
Ao todo, foram um total de 1.375 famílias que, em Janeiro de 2014, foram removidas do bairro Kilombo, na Chicala, para a região da Cabala, na Quissama, com a promessa de melhores condições de vida. Na altura, o processo foi conduzido pela Comissão Administrativa de Luanda.
Um espaço de 225 metros quadrados, chapas, pregos e barrotes constavam entre os compromissos do Governo em relação aos desmobilizados da Chicala, enquanto os moradores aguardavam pelas licenças definitivas de construção. Numa primeira fase, a actual área serviria apenas de transferência. Mas não foi assim. De lá para cá, a situação mantém-se.
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