O executivo submeteu à apreciação da Assembleia nacional duas propostas legislativas destinadas à criação das áreas de conservação da Serra do pingano, na província do uíge, e do Morro do Moco, no Huambo, iniciativas que representam um passo decisivo na protecção dos ecossistemas mais sensíveis e ameaçados do país, com impactos directos na conservação da biodiversidade, na regulação climática e hídrica e no equilíbrio ecológico regional
Ao apresentar a proposta relativa à Serra do Pingano, o secretário de Estado para o Ambiente, Yuri de Sousa Santos, destacou que a futura área de conservação abrangerá uma extensão de 2.838 quilómetros quadrados, envolvendo os municípios do Uíge, Quitexe, Ambuíla e Songo.
Trata-se, segundo o governante, de um património natural de excepcional valor científico, por integrar o sistema florestal mais austral das regiões biogeográficas da Guiné e do Congo, constituindo um ponto de transição ecológica de elevada relevância para a ciência e para a conservação ambiental.
Explicou que a Serra do Pingano alberga extensas florestas húmidas tropicais, consideradas habitat crítico para um elevado número de espécies endémicas, raras e classificadas como criticamente em perigo de extinção. Yuri Santos garantiu que os estudos científicos identificaram naquela área uma expressiva diversidade biológica, com registo de 124 espécies de borboletas, 33 espécies de répteis (das quais oito são exclusivas da serra), 16 espécies de anfíbios e cerca de 180 espécies de aves, muitas com distribuição geográfica restrita e elevado grau de especialização ecológica.
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