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Agência Wiliete Crédito do Lubango acusada de fazer descontos ilegais aos clientes

Apesar de não ser uma instituição bancária, a agência Wiliete Crédito, com sede na cidade de Benguela, possui várias filiais um pouco por todo o país, com realce para a cidade do Lubango, onde actua na cedência de créditos às pessoas interessadas. No entanto, os seus clientes dizem estar a ser supostamente enganados em relação aos descontos feitos

Jornal Opais por Jornal Opais
25 de Julho, 2024
Em Sem Categoria
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Agência Wiliete Crédito do Lubango acusada  de fazer descontos ilegais aos clientes

A agência Wiliete Crédito do Lubango, vocacionada para a cedência de créditos, tem desenvolvido a sua actividade comercial com a cedência de empréstimos às pessoas interessadas, cujo reembolso é feito periodicamente num valor definido em função do valor recebido, com a taxa de juro correspondente.

Entretanto, alguns clientes, que procuraram a nossa reportagem, dizem-se descontentes com os descontos que estão a sofrer, alegando estarem a ser enganados.

Para sustentarem o seu ponto de vista, recorrem às cláusulas estabelecidas contratualmente entre as partes, sobretudo no caso de ocorrer algum incumprimento da parte do credor.

De acordo com os nossos entrevistados, quando solicitada a esclarecer as razões dos descontos realizados supostamente fora das cláusulas contidas no contrato, a agência Wiliete Crédito reconheceu que terá havido algum erro, porém, está a atrasar é na devolução dos valores descontados, daí que considera estarem a ser enganados.

Albano Luís, um dos clientes da agência Wiliete Crédito na Huíla, afirmou que, depois de ter liquidado o empréstimo que recebeu da referida agência, lhe foi descontado mais de 400 mil Kwanzas e, até ao momento, continua a “lutar” para reaver o seu dinheiro.

“Estou sem entender, porque o que eles afirmam no contrato não é o que fazem na fase dos descontos. Em alguns momentos, eles chegam a descontar aquilo que não consta do contrato”, frisou, salientando que há situações em que ocorrem duplos descontos e, quando reclamas, justifica como sendo uma falha do sistema e garante reembolso do valor.

“A empresa obriga os clientes a apresentarem um extracto de conta. Gastas dinheiro com passagem de táxi para atender a essa solicitação e eles nem respondem a tempo.

Lembro-me que fui descontado 480 mil Kwanzas e, quando fui reclamar, só me deram 180 mil, depois de muito tempo. Eu tenho despesas com a família e sou obrigado a esperar pelo tempo deles?” Lamentou.

Por outro lado, o nosso interlocutor, que também já foi avalista de uma das clientes da agência Wiliete Crédito, afirmou que, apesar de nunca ter assinado uma nota de desconto enviada ao seu banco, ainda assim foi descontado, sem saber de quem era a ordem.

“Eu já fui avalista de alguém que recebe salário no BIC. Ela nunca faltou uma única prestação e fui descontado de forma arbitrária.

Eu peço que as autoridades competentes ponham fim nisso. Não sou o único nestas condições. É preciso que haja uma maior fiscalização nestas actividades, sobretudo por parte do Banco Nacional”, recomendou.

Já Saturnino António Edilson Tomás, outro cliente, disse que recebeu um financiamento de mais de 100 mil Kwanzas, com a promessa de reembolsar num prazo de seis meses, no entanto, foi-lhe descontado dois meses a mais do acordado.

“O valor que recebi era para ser pago em seis meses, entretanto, descontaram dois meses a mais. Quando fui para lá, pediram-me para trazer extracto de uma conta do Banco Angolano de Investimento (BAI). Estou nisso há mais de um mês, mas, até aqui, nada.

Quando o cliente demora em pagar, eles aplicam os juros de mora, como é que fica na nossa vez?” Questionou. Uma outra fonte, que falou sob anonimato, informou que, ao valor global que teria de desembolsar para ressarcir a dívida contraída, lhe foi acrescido mais de 200 mil Kwanzas, que, segundo explicação recebida do Wiliete, o desconto deveu-se por alguma falha do sistema informático da referida agência.

“Eles descontaram-me mais de 200 mil Kwanzas e, quando fui lá com o extracto, confirmaram este desconto. Porém, disseram que não poderão devolver-me o valor completo, porque o resto fica para os juros de mora, até aqui, tudo bem”, frisou.

Acrescentou de seguida que “a minha questão é: estou a espera que devolvam o meu dinheiro há mais de dois meses. Será que também vão darme com os juros de mora?”.

Wiliete Crédito “fecha-se em copas” Contactado pela nossa equipa de reportagem, a direcção da agência do Wiliete Crédito no Lubango, capital da província da Huíla, se recusou a prestar informações a respeito do que se estava a passar.

Um dos funcionários pediu que aguardássemos, porque entraria em contacto telefónico com o responsável do Gabinete de Comunicação e Imagem da referida empresa, sedeada em Benguela, para obter autorização para o efeito.

No entanto, cerca de 20 minutos, o mesmo funcionário informou que não estava autorizado a falar sobre o assunto e que a direcção de comunicação manifestou indisponibilidade para falar sobre o assunto ao jornal, via telefónica.

Jurista alerta que Wiliete Crédito pode ser processada Para ajudar a compreender o problema que opõem a agência Wiliete Crédito aos seus clientes na cidade do Lubango, a nossa equipa de reportagem solicitou a jurista Rosa Venâncio, para analisar o caso.

A advogada disse que, o facto de a agência Wiliete Crédito não ser uma instituição bancária, a sua actividade carece de um escrutínio, com vista a garantir lisura na sua actuação, de acordo com os marcos legais do país.

Em relação aos descontos, que supostamente sofreram os clientes da referida agência, a causídica afirmou que, a ser provado que foram feitos de forma ilegal, a empresa incorre na prática do crime de enriquecimento indevido e pode ser processada pelos danos causados aos seus clientes.

“São descontos indevidos e que, de certa forma, fazem falta aos clientes em causa. Certamente que a instituição deve ser responsabilizada pelos eventuais danos que a situação vir a produzir na vida destes clientes, que são chefes de família”, alertou.

Por: João Katombela, na Huíla

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