OPaís
Seg, 16 Jun 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Publicações
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Publicações
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

22 anos de prisão para jovem que perdeu a namorada num aborto frustrado

Jornal Opais por Jornal Opais
16 de Novembro, 2017
Em Sem Categoria
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
0

O Tribunal Provincial de Luanda condenou, ontem, o cidadão que atraiu a namorada a um posto médico clandestino para abortar uma gravidez de seis meses e, em consequência disto, esta perdeu a vida. Foi ainda condenado, a mesma pena, o suposto enfermeiro

Por: Romão Brandão

Os jovens Cláudio Soares e Gilson Félix, o 1º o namorado e o 2º o suposto enfermeiro, acusados pelos crimes de homicídio qualificado, aborto e cárcere privado, em que é vítima a jovem Arlete Mônica Bunga, foram, ontem, condenados a 22 anos de prisão, sentença ditada na 8ª Secção da Sala dos Crimes Comuns do Tribunal Provincial de Luanda, no Benfica.

Pelo mesmo tribunal, foi ainda condenado a 15 anos de prisão, por cumplicidade no crime de homicídio e aborto, o jovem Narciso José, que, segundo consta nos autos, terá arranjado o enfermeiro que interrompeu sem sucesso a gravidez de Arlete, tendo contribuído para o seu falecimento.

Cláudio Soares, o namorado, trajava camisa branca, calças preta, casaco preto e sapatos do tipo camurça com a mesma cor, bem como usava um relógio de pulso preto e fundo branco. As condições climáticas (precárias) da sala o fizeram transpirar, mas, apesar da pena de 22 anos, que se cumprida na totalidade sairá da prisão com 52 anos de idade, o réu conteve as emoções e não chorou.

Choraram a sua mãe e a irmã do enfermeiro, e o oficial de diligência viu-se obrigado a colocá-las fora da sala de audiências, por terem perturbado a leitura do acórdão. Os três réus terão ainda de pagar, como indeminização, 2 milhões e 500 mil kwanzas a família da vítima, bem como 100 mil kwanzas de taxa de justiça.

Os três cidadãos foram condenados porque, para o tribunal, dos 31 quesitos apresentados, pelo menos 28 ficaram provados, e destes consta que Cláudio Soares mantinha uma relação secreta de namoro com a vítima havia 2 anos e 4 meses e entendeu livrar-se dela por estar prestes a casar-se com a sua então mulher.

Assim, contactou o amigo Narciso José para que lhe arranjasse um médico que interromperia a gravidez da jovem Arlete Mônica Bunga, de 26 anos. O co-réu Narciso José arranjou o suposto enfermeiro, Gilson Félix, e, com este, desencadearam o plano que consistia inicialmente em convencer Ar-improvisado, onde, alegadamente, faria uma ecografia para identificar o sexo do bebé.

Tendo aceite tal proposta, Narciso transportou a vítima, acompanhada de uma amiga, na sua viatura, até ao “posto” do enfermeiro Gilson, no bairro Rocha Pinto. Sob a promessa de lhe ser paga a quantia de 65 mil Kwanzas, o “enfermeiro” não hesitou aexecutar a acção, e para além da “ecografia”, administrou à grávida, através de uma seringa, uma medicação que provocara parte do aborto.

A negação do réu

Durante a fase de produção de provas, segundo o advogado do réu Cláudio, durante a apresentação das suas alegações orais, ficou provado que este não esteve no “local do crime” na altura em que foi feito o aborto. Para o advogado Walter Tondela, o aborto foi provocado com o consentimento da vítima.

Quando estava a ser lido o acórdão, Cláudio movia constantemente a cabeça, em jeito de negação, mostrando que não concordava com os factos apresentados nos autos. Entretanto, quando lhe foi dada a palavra pela última vez, apenas disse que está disposto a cuidar da outra criança da vítima, embora não seja ele o pai do menor, até que esta atinja a idade adulta.

O advogado de Cláudio, Walter Tondela, interpôs recurso a sentença com efeito suspensivo e pediu que o seu réu aguardasse a decisão do Tribunal Supremo em liberdade. No mesmo diapasão foram os outros dois advogados, dos demais réus, mas o juiz da causa, José Pereira, aceitou apenas o efeito suspensivo do recurso e discordou sobre a situação carcerária dos réus. Neste contexto, o juiz orientou que os agentes dos serviços prisionais algemassem os réus e os conduzissem à cadeia.

Os réus irão aguardar os termos processuais sob custódia, salvo se prestarem uma caução de 3 milhões de kwanzas para cada um, segundo a ordem do tribunal. Sobre a decisão do tribunal, a mãe da vítima, Kalukotico Mônica, disse não concordar com o pagamento da caução e que o namorado da filha tinha de permanecer na prisão. “E, outra coisa, devia ser mesmo 24 anos de prisão, porque eu perdi a filha”, disse. Já o tio da vítima, Rogério Canda é dos que concordam que perderam “duas vidas”, pois que o bebé de 6 meses já estava formado, e, por isso, continua clamando que se faça justiça, mesmo depois da decisão do T. Supremo.

A princípio mostra-se satisfeito com a decisão do tribunal. Quem não se mostrou satisfeita com a decisão do tribunal é a mãe do jovem Cláudio, cuja tensão arterial subiu e desmaiou no corredor do tribunal. Ao ser reanimada pelas outras filhas, a senhora pôs-se em troca de palavras com uma das irmãs da vítima, ao ponto de “rogar pragas” a esta, alegando que não mais iria gerar filhos. A situação criou confusão entre as famílias, e um mau clima no tribunal, ao ponto de a Polícia verse obrigada a intervir, bem como o advogado de Cláudio, para apaziguar os ânimos.

Jornal Opais

Jornal Opais

Relacionados - Publicações

Detido cidadão acusado de assaltos na via pública
Manchete

Detido cidadão por homicídio à facada no Namibe

13 de Abril, 2025
Detido agente do SIC por ameaçar fiéis com uma granada numa mesquita no Mártires
Crime

Detido agente do SIC por ameaçar fiéis com uma granada numa mesquita no Mártires

24 de Março, 2025
Tribunal Supremo retoma julgamento dos generais Kopelipa e Dino
Política

Tribunal Supremo retoma julgamento dos generais Kopelipa e Dino

19 de Março, 2025 - Actualizado a 20 de Março, 2025
Co-arguido contraria cabecilha de subversão e chama-o de “anormal”
Sociedade

Co-arguido contraria cabecilha de subversão e chama-o de “anormal”

12 de Março, 2025
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Publicações

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.