Nelson Dias é um dos mais destacados consultores internacionais em matéria de Orçamento participativo (Op). sociólogo de formação, tem mais de 25 anos de experiência na concepção, avaliação e acompanhamento de processos participativos em mais de 30 países, com trabalhos desenvolvidos para organizações como a ONU, o Banco Mundial e várias Administrações públicas. É co-autor do Atlas Mundial dos Orçamentos participativos e coordenador de várias metodologias reconhecidas internacionalmente
É a sua primeira vez em Angola? Como foi o convite para participar neste evento?
Sim, é a minha primeira vez em Angola e também em Luanda. Era o único país de língua portuguesa que ainda não conhecia. O convite surgiu da ONG Development Workshop (DW Angola), para prestar apoio técnico no âmbito do Orçamento Participativo. Tenho colaborado com a DW e, neste workshop, vim apresentar os resultados desse trabalho, incluindo um guião metodológico para os comités técnicos de gestão dos orçamentos participativos e os dados do Atlas Mundial dos Orçamentos Participativos.
Que importância atribui a este workshop internacional organizado pelo PASCAL, DW e o Ministério da Administração do Território?
Considero que foi um evento muito importante. Promoveu um debate profundo sobre o Orçamento Participativo (OP), apresentou experiências internacionais e permitiu reflectir sobre o modelo angolano. Saio com a convicção de que o encontro cumpriu os seus objectivos e contribuiu para a consolidação do processo em curso no país.
Com base na sua experiência internacional, que elementos considera essenciais num OP eficaz?
Três pontos são fundamentais: uma fatia do orçamento público deve ser destinada à participação cidadã; os cidadãos devem decidir que projectos devem ser financiados; e a administração deve escutar e respeitar estas decisões. O OP é uma ferramenta para responder às necessidades sentidas pelas comunidades.
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