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Memorial Heroes Acre acolhe os restos mortais de Sam Nujoma antigo Presidente da Namíbia

Domingos Bento por Domingos Bento
28 de Fevereiro, 2025
Em Política
Tempo de Leitura: 5 mins de leitura
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Angola far-se-á presente na cerimónia fúnebre do antigo Presidente namibiano, Sam Nujoma, falecido no dia 8 deste mês, com uma delegação de alto nível do partido no poder, MPLA, que já despachou, para Windhoek, um grupo de peso constituído pelo coordenador da Comissão de Disciplina, Ética e Auditoria, Pedro Neto, a secretária-geral da OMA, Joana Tomás, o secretário nacional da JMPLA, Justino Capapinha e o nacionalista Roberto de Almeida

Amanhã, sábado, os africanos vão despedir-se de um dos seus melhores líderes, Sam Nujoma, falecido aos 95 anos de idade e que será enterrado no Memorial Heroes Acre, uma estrutura edificada para o sepultamento dos presidentes da Namíbia, país vizinho e que Angola mantém relações de sangue por via dos seus povos.

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O enterro de Sam Nujoma, amanhã, marca o final de toda uma jornada de homenagens ao líder africano que lutou contra o apartheid e pela libertação da Namíbia, que faleceu no dia 8 deste mês.

Para além do Presidente da República, João Lourenço, que, momentos depois do seu falecimento, enviou condolências à família de Sam Nujoma e ao povo namibiano, outros líderes africanos e mundiais também juntaram-se às centenas de homenagens que tinham como propósito único o reconhecimento de um dos filhos mais destacados que o continente berço viu nascer.

Por essa razão, a grandeza dos seus feitos fez com que as autoridades e o povo namibiano esticassem o momento de luto para acima dos vinte dias, viabilizando, assim, a possibilidade de todos manifestarem, sem pressa, a sua solidariedade e sentido de homenagem ao pai da independência da Namíbia, que era, até então, a única liderança viva das independências dos países da região da África Austral.

Pelas ruas de Windhoek, conforme imagens viralizadas nas redes sociais, o rosto de Sam Nujoma está estampado em tudo quanto é lugar, desde os órgãos de soberania, empreendimentos comerciais, edifícios, embaixadas e em outros espaços que têm, igualmente, velas acesas e livros de condolências onde todo e qualquer cidadão pode escrever em relação à figura que foi Sam Nujoma.

Uma maratona de homenagens

Embora Sam Nujoma vá conhecer a sua última morada amanhã, um conjunto de homenagens e desfiles começou a movimentar a Namíbia desde o início desta semana. Conforme o programa das exéquias a que o jornal O PAIS teve acesso, ontem, quinta-feira, houve a cerimónia de procissão que começou no aeroporto internacional Hosea Kuako, seguindo pelo Corredor Trans-Kalahari.

No mesmo dia, depois de ter passado na sua terra natal, Walvis Bay, a urna contendo os restos mortais de Sam Nujoma passou por vários pontos de Windhoek, com destaque para o Parlamento local.

Contacto com o povo

Ainda durante a passagem da urna pelas principais avenidas de Windhoek, foram feitas paragens em pontos estratégicos do carro fúnebre para que o povo tivesse contacto directo com Sam Nujoma, confirmando, assim, a sua popularidade e carinho junto do público que durante anos o valorizou e respeitou pela libertação da Namíbia.

Uma trajectória a favor da independência

Activista e líder da luta pela independência do país, Sam Nujoma tornou-se o primeiro presidente democraticamente eleito da Namíbia após a independência da África do Sul.

Ascendeu à chefia do país a 21 de Março de 1990 e foi formalmente reconhecido como “Pai Fundador da Nação Namibiana” através de uma lei do Parlamento em 2005.

A aclamação foi contrabalançada pelas críticas nacionais e internacionais sobre a sua intolerância à cobertura independente dos meios de comunicação social, as suas críticas contra a homossexualidade e sobre a alteração constitucional de 1998 que lhe permitiu concorrer a um terceiro mandato.

Perda para a Namíbia e África

Para o MPLA, por via da sua vice-presidente, Mara Quiosa, a morte de Sam Nujoma representa uma perda não apenas para a Namíbia, mas para toda a África, destacando o seu papel fundamental na Luta pela Libertação do continente.

Em recentes declarações à imprensa, logo após a assinatura do livro de condolências pelo falecimento de Sam Nujoma, nas instalações da Embaixada da Namíbia em Angola, Mara Quiosa manifestou a solidariedade do partido ao povo namibiano.

A número dois do MPLA considerou que o passamento físico do Presidente Sam Nujoma não representa uma perda apenas para o povo namibiano, mas também para os povos africanos. Acrescentou que o ex-Presidente namibiano foi uma “figura incontornável da História de África, principalmente enquanto precursor das grandes lutas de libertação”.

Para a política, Sam Nujoma deve ser recordado como um exemplo de luta, determinação e vitória, servindo de inspiração para a construção de uma África mais desenvolvida.

“Ele deixa-nos um legado essencialmente de persistência, de continuarmos a sonhar, de correr atrás dos nossos sonhos e de lutar para termos uma África cada vez mais forte”, afirmou.

Um legado de patriotismo

Por sua vez, o porta-voz da UNI TA, Marcial Dachala, considera Sam Nujoma um exemplo de patriotismo cujo legado a nova geração deve seguir para o bem da África. Em declarações ao OP AÍS, Marcial Dachala disse que Sam Nujoma soube, nos momentos mais difíceis, unir os namibianos, um marco que vai ficar para a eternidade.

Para o político, o avanço em vários domínios e a unidade do povo namibiano têm as marcas de Sam Nujoma, pelo que a África deve continuar a honrar a memória deste “ilustre filho” para o alcance e resolução dos desafios do presente e do futuro.

“É uma figura que deve ser respeitada e valorizada. A África perde uma grande figura, mas fica, para a eternidade, todo o seu legado e compromisso com a Namíbia e com a África”, apontou.

Pragmatismo

Antigo guerrilheiro foi um aliado de longa data do presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe, e apoiou as confiscações de terras dos agricultores brancos por parte deles, embora na Namíbia tenha optado pela política de “comprador voluntário, vendedor voluntário”.

Nujoma cumpriu os seus três mandatos como presidente, de 1990 a 2005, e procurou projectar-se como um líder unificador, colmatando divisões políticas.

Num país marcado pelo legado do apartheid e do domínio colonial alemão, o partido SWAPO, por ele criado e liderado, aplicou um programa de reconciliação nacional sob o lema “Uma Namíbia, Uma Nação”.

Nos seus discursos, Nujoma fez questão de repetir a frase: “Um povo unido, que se esforça por alcançar um bem comum a todos os membros da sociedade, sairá sempre vitorioso”.

As suas realizações incluíram o estabelecimento de instituições democráticas e a priorização da reconciliação, disse Ndumba Kamwanyah, professor da Universidade da Namíbia e analista político.

Mas as suas tendências autocráticas, patentes no tratamento dado aos meios de comunicação social e na repressão brutal da rebelião de Caprivi em 1999, lançam uma sombra sobre o seu legado, acrescentou Kamwanyah.

“Embora a presidência de Nujoma tenha sido fundamental no estabelecimento da independência e governação da Namíbia, não foi isenta de falhas”, conclui Kamwanyah.

Percurso

Nascido em 1929, ainda adolescente cuidou do rebanho da sua família e frequentou uma escola missionária finlandesa, antes de se mudar para a cidade costeira de Walvis Bay e depois para a capital Windhoek, onde trabalhou para a South African Railways, de acordo com uma biografia publicada no site da fundação de caridade de Nujoma.

Deixou o seu trabalho nos caminhos-de-ferro para concentrar as suas energias na derrubada do sistema do apartheid. No final da década de 1950, tornou-se líder da Organização Popular de Owambo, precursora do movimento de libertação SWAPO, organizando a resistência à deslocalização forçada de pessoas negras em Windhoek, que culminou com a morte de 12 pessoas desarmadas pela polícia e o ferimento de dezenas de outras. Nujoma foi acusado de organizar a resistência e preso em 1960, mas foi para o exílio.

 

Por: Domingos Bento com agências

 

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