Os presidentes João Lourenço, de Angola, e Marcelo Rebelo de Sousa, de Portugal, encerraram o EURAFRICAN Fórum 2025 no último sábado, 26, com um apelo à CPLP que, no entender dos dois estadistas, deve ser mais do que um espaço cultural e tornar-se um eixo económico estratégico, capaz de responder às reconfigurações geopolíticas globais. Ambos criticaram a Europa por estar demasiado voltada para “si mesma” e deixar escapar as oportunidades em África
Questionado sobre o potencial subaproveitado da CPLP, João Lourenço, o Chefe de Estado angolano, lembrou que o projecto vai além da promoção do português. “É cultu-, trocas comerciais, desenvolvimento económico e social”, disse João Lourenço, tendo rejeitado que as diferenças linguísticas sejam um entrave, comparando-as às variações do inglês e do francês. “Isso enriquece a língua”, notou.
Por sua vez, Marcelo Rebelo de Sousa rebateu a ideia de que a CPLP não avança, lembrando conquistas como a mobilidade entre Cabo Verde e Portugal e os acordos bilaterais entre Angola e Portugal.
“A CPLP não é abstracta. Está presente cada vez que dois Estados-membros cooperam”, afirmou o estadista luso. Infra-estruturas e juventude: as prioridades para África João Lourenço sublinhou que o desenvolvimento africano depende de investimentos em infra-estruturas (energia, transportes, di- gitalização) e na industrialização, para reduzir o desemprego no seio da juventude.
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