Os resultados da 7.ª Cimeira união Africana– União Europeia, realizada em Luanda entre os dias 24 e 25 do mês passado, foram apresentados no início desta semana ao Corpo diplomático em Abuja, Nigéria, numa sessão que sublinhou a declaração de Luanda como um passo decisivo para o reforço do multilateralismo e de uma parceria estratégica renovada entre os dois continentes
A apresentação esteve a cargo do embaixador de Angola na Nigéria, José Bamóquina Zau, e do embaixador da União Europeia, Gautier Mignot, que a classificaram como uma plataforma de reflexão profunda sobre o histórico das relações África– Europa, propondo a correcção de desequilíbrios e a consolidação de princípios de respeito mútuo, cooperação paritária e diálogo transparente.
A Declaração de Luanda, aprovada a 25 de Novembro último, recomenda que o relacionamento comercial entre os dois blocos seja o motor de estabilidade, guiado por compromissos claros e diálogo permanente dentro da ordem internacional. No seu discurso, Bamóquina Zau defendeu que as acções conjuntas devem ser orientadas por pragmatismo, sem “preconceitos ou burocracias” que atrasam a implementação de decisões fundamentais.
O diplomata angolano alertou que África não pode continuar mergulhada na pobreza enquanto fornece matérias-primas essenciais ao mundo, tendo, na ocasião, defendido o investimento no desenvolvimento como caminho para mitigar o peso do endividamento.









