A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) condenou a detenção “arbitrária e injustificada” de responsáveis políticos e institucionais na Guiné-Bissau e apela ao imediato retorno à normalidade constitucional. Em comunicado enviado este domingo à ANGOP, a organização manifestou profunda preocupação com a instabilidade político-institucional na Guiné-Bissau, resultante da rutura da ordem constitucional naquele Estado-membro, na sequência das eleições gerais do dia 23 deste mês.
A CPLP reafirma os princípios que regem a sua actuação, assentes na paz, democracia, Estado de direito, direitos hu- manos e justiça social, e condena com firmeza qualquer tomada do poder por via da força. Refere que a sua Missão de Observação Eleitoral considerou o processo de votação pacífico, ordeiro e cívico, pelo que a suspensão do processo eleitoral causou “perplexidade”, ao comprometer a conclusão de um acto considerado fundamental para a estabilidade do país.
O Comité de Concertação Permanente exorta ainda todos os actores políticos e institucionais a manterem a calma e evitarem qualquer acto que possa desencadear violência, reforçando que o respeito pela legalidade democrática é essencial para a segurança e bem-estar do povo guineense. A organização reafirma o seu compromisso em acompanhar de perto a evolução da situação e apoiar iniciativas que garantam a reposição da ordem constitucional e a conclusão do processo eleitoral.









