O Presidente da República, João Lourenço, discursa hoje na Assembleia Nacional para a tradicional mensagem sobre o Estado da Nação, um evento que suscita reações de diversos segmentos da sociedade.
A bancada do MPLA foca na prestação de contas e na união, enquanto a oposição, liderada pela UNITA, exige clareza sobre a crise económica e as eleições autárquicas, manifestando um profundo cepticismo sobre a capacidade do Executivo para promover mudanças.
A deputada Luísa Damião (MPLA) estabelece o tom optimista, vendo o discurso como um momento crucial para o Presidente fazer “jus ao que ele próprio disse, que o seu patrão é o povo”, focando nas “grandes realizações, sobre os desafios que ainda existem e sobre as perspetivas”.
Luísa Damião enfatizou que o Chefe de Estado deve trazer uma mensagem de esperança aos angolanos e, sobretudo, uma mensagem de unidade, apelando à necessidade de continuar a unir sinergias para trabalharmos para o bem de Angola e dos angolanos.
Em sentido oposto, o deputado da UNITA, Nelito Ekuikui, revela uma forte descrença nas promessas do Executivo. Embora reconheça que todo o angolano está à espera que o Presidente faça uma radiografia real do país e indique caminhos que venham a retirar o país da crise, Ekuikui confessa o seu cepticismo, afirmando que “embora eu não acredite, mas ainda assim esperamos que ele dê indicações concretas.”
Numa intervenção que buscou a conciliação e a memória histórica, o político Bento Bento relembrou o esforço e a luta de 50 anos para alcançar a paz efectiva, referindo-se à homenagem de muitos dos heróis que trabalharam para a paz. Embora reconheça os passos dados, sublinha que há muito ainda por fazer, nomeadamente nos desafios económicos e dociais.
No entanto, demonstrou confiança na liderança, afirmando que “confiamos no papel que o Sr. Presidente da República tem estado a fazer, não obstante as dificuldades financeiras que o país vive”