O Executivo angolano definiu a juventude como prioridade no Plano de Desenvolvimento Nacional 2023–2027 (PDN), prometendo criar condições para a sua emancipação socioeconómica e política, através da inclusão activa em sectores como a educação, empreendedorismo, habitação, empregabilidade, cultura e participação cívica. Este compromisso alinha-se aos instrumentos continentais, como a Carta Africana da Juventude e a Agenda 2063 da União Africana, que apelam a uma juventude protagonista, bem formada, empreendedora e engajada nos processos de governação e desenvolvimento
Segundo o PDN, o Executivo está apostado nas políticas como a reserva de quotas habitacionais para jovens (Decreto Presidencial 278/20), o incentivo à auto-construção dirigida com terrenos loteados, o financiamento à juventude empreendedora através do BNA e do FADA, além da promoção da formação técnico- profissional.
No entanto, no terreno, os representantes juvenis demonstram percepções distintas sobre a eficácia destas políticas. Para o vice-presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), Sebastião Jaca Maurício, os jovens angolanos devem estar na linha da frente das decisões que dizem respeito ao seu futuro, realçando a influência positiva dos instrumentos das organi- zações continentais sobre a política interna.
“A Carta Africana da Juventude e a Agenda 2063 influenciam directamente o Estado angolano. A Carta apela à inclusão da juventude nas políticas públicas, e a Agenda 2063 identifica os principais desafios, como o acesso à habitação, ao emprego e à educação de qualidade”, afirmou. Ademais, o número dois do CNJ destaca como exemplo concre- to o Decreto Presidencial 278/20, que estabelece quotas habitacionais para os jovens nos projectos públicos.
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