De acordo com Edson Barreto, em 22 de Abril deste ano, o Executivo angolano aprovou o Plano Nacional do Capital Humano 2023-2037, que exprime a relevância atribuída ao capital humano.
O responsável disse, na sua abordagem, que um dos desafios do Governo é ter estudantes angolanos nas melhores universidades e aumentar o número de docentes doutorados.
Edson Barreto defendeu, também, a necessidade da aposta na formação técnico-profissional, salientando que, neste sentido, está a ser expandido a rede do Cinfotec para outras províncias, como é o caso do Huambo.
Importa referir que o país tem mais de 100 instituições do ensino superior e, no período de 2023-2024, o Estado concedeu 11 mil bolsas internas. No mesmo período, mais de 1. 200 bolseiros foram enviados para fora do país.
Ministra quer mais investimento na investigação
Já Maria do Rosário Bragança, ministra do Ensino Superior, Ciência Tecnologia e Inovação, defendeu maior investimento na investigação científica para dar ao mercado cidadãos qualificados para melhor servir o país.
Segundo a governante, os níveis de qualificação dos estudantes angolanos ainda está abaixo da média da África subsariana. As áreas das engenharias e da matemática, disse, são alguns dos muitos desafios do ensino superior.
Maria do Rosário Bragança mostrou-se, ainda, preocupada com a fuga de quadros, uma realidade que, segundo disse, não é apenas de Angola, mas de África.
Por isso, acrescentou, o Governo quer reverter esta situação, sensibilizando os bolseiros angolanos na diáspora a colaborarem com o Governo angolano que lhes pagou a formação. A ministra informou que Portugal e o Brasil são os países com mais estudantes que já terminaram a formação e que não regressam.
Reformação e incentivo ao empreendedorismo
Por seu turno, a ministra da Educação, Luísa Grilo, defendeu a aposta na formação de professores nas áreas artísticas, como Educação Visual e Plástica e a melhorias das infra-estruturas dos magistérios.
De acordo com a ministra da Educação, o país conta com dez institutos agrários, e defende que os finalistas apostem no empreendedorismo e não esperar apenas emprego no Estado.
Luísa Grilo entende que os finalistas podem produzir ou comercializar os produtos do campo. Por sua vez, a ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Rodrigues, revelou, na ocasião, que há muitos jovens que terminaram formação nos centros existentes, não estão a trabalhar, estão em casa porque optaram por cursos que não têm muitas saídas.
Teresa Rodrigues disse que os que fazem os cursos ligados ao sector petrolífero são os mais procurados. O café Cipra, de ontem, que foi a 14.ª edição, sob o lema: “diálogo sem mediação’’, teve como prelectores Edson Barreto, director do Gabinete de Quadros do Presidente da República, Teresa Rodrigues, ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Luísa Grilo, Ministra da Educação, e Maria do Rosário Bragan…
Por: José Zangui