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Uma era dos complexos – demandas de noso e logoterapia (I)

Jornal Opais por Jornal Opais
19 de Junho, 2024
Em Opinião

Numa altura em que acompanhámos o progresso quase que desenfreado no domínio técnico e tecnológico, incluindo suas repercussões, sobretudo nas formas de ser e estar, vale, por conseguinte, aflorar que aquilo que condiciona seu progresso pode, sob outra face, condicionar sua regressão.

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Um pouco para lá de conceder ao progresso a noção de peso exclusivo ou causa, importa aqui destacar a era em que nos encontramos, na medida em que estabelecemos ponte com a ideia de complexos, construída, tematizada e desconstruída por vários estudiosos da Psicologia Diferencial/Analítica e demais áreas afins com vista a evitar compreensões imprecisas.

Deste modo, a psique enquanto aquilo que o homem sente, pensa, percepciona, imagina, sonha e aspira, não finda por aí, é também um sistema fechado dentro do qual se movimentam as nossas energias, nada se perdendo nem destruindo (Jung, cit. Veiga, 2012).

Dir-se-ia que se trata de um reflexo subjectivo de manifestação objectiva, pela regulação sistemática e complexa da atividade humana quer ao nível externo quer interno.

Denota-se que embora tenha a capacidade de dar vida e forma aos actos superiores da vida consciente, da psique provém também os actos inconscientes, próprios, manifestos no convívio social. (Jung cit. Veiga, 2012, p.

100) entende os complexos como entidades autónomas, satélites marginais, psiques parcelares, ou pequenos eus dentro do Eu.

Na senda do exposto pelo autor, podemos dizer que ao terem vida *autônoma, no mesmo linear, possuem um valor peculiar, resultante de amontoados de factos, por exercerem poder sobre o eu e desintegrarem-no em contexto da sua manifestação.

Tal como o nome em si enfatiza, complexos são sinónimos de multidão, conjunto. E nos sujeitos, afirmam-se como forças que os impelem a uma gama de atitudes, de forma particular, e ao comportamento, de modo geral.

A autonomia e liberdade na acção dos indivíduos complexados, na senda de (Jung, Op. Cit.) traduzse no facto de serem inconscientes, ou seja, aquando da sua manifestação assumem a si o próprio Eu, modificando-o momentaneamente, tornando-o inconsciente da personalidade.

Nas sociedades pós-modernas a vida comprometida com a busca quase que, sem cessar, por satisfação, num estado não satisfeito, as experiências recalcadas pela natureza do seu conteúdo, com destaque para o abalo e choque psíquico, denota-se comummente a presença de complexos nas atitudes e comportamentos dos sujeitos.

No seio familiar, nas relações entre adolescentes, jovens e adultos, enfim, no vasto palco da vida há cada vez mais traços típicos de complexos.

Há muito que Martin Heidegger na obra Ser e Tempo (1927) (abordagem fenomenológica) e Baptista Modin (1977), na sua obra O Homem quem ele é? Elementos de Antropologia Filosófica, terão dito mais ou menos nestes moldes que nunca o mundo teve tanto conhecimento sobre o homem como tem nos dias de hoje.

Essa afirmação resulta evidentemente de uma leitura desapaixonada e assente no reconhecimento dos saltos pelos quais o homem tem vindo a granjear nos diferentes domínios da vida desde os tempos antanhos, no entanto certifica em outra perspectiva a ideia de que só conhecimento não basta, quando do homem provém as maiores atrocidades, quando nele são identificados um conjunto de atitudes e comportamentos que perfazem a ideia de complexos nas distintas fases da vida, incluindo nos espaços formais, onde as atitudes e comportamentos estão subordinados a um leque de estratificações, normas e princípios esperados idealmente a cada um.

A era dos complexos é aqui nesta reflexão marcada fundamentalmente por um estilo de vida de fugas, apressado, na qual o tempo é tomado com efeitos circunstâncias e não como facto limítrofe de duração nos encontros e organizações.

A ideia de uma vida menos acelerada pela multidão, pelos sistemas globais e locais, menos dada aos impulsos e seus ataques, pressupõe um recuo estratégico e uma espécie de contraposição da atividade comportamental nos ciclos diários.

Percebe-se que só noção dos complexos não é suficiente para melhorar a afirmação dos sujeitos complexados, tal facto não os impede de actuar e ganhar forma na actividade comportamental tampouco adiantar para uma demanda superior ou mais adiante, que permita o trabalho que se impõe.

A ideia de uma noso e logoterapia pressupõem antes e sobretudo uma atenção voltada ao pensamento e à palavra, como aspectos particulares presentes nos complexos, pois ao serem vistos como conjunto, um pensamento, uma fala, um traço aparente pode reflectir dado ou informação de outro complexo, facto que tende a dificultar, em grande medida, o exercício da demanda.

 

Por: fernando adelino

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