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Última Missão

Jornal Opais por Jornal Opais
25 de Janeiro, 2023
Em Opinião
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Última Missão

O mês de Janeiro é popularmente chamado o mês da fome porque os orçamentos familiares são muito castigados com as festas.

Neste início de ano, o bolo não vai faltar aos militares da Força Aérea Nacional e têm duas razões para festejar. Primeira razão de peso: Os 47 anos de existência da instituição, repletos de História e de glória.

A segunda é igualmente honrosa. A ascensão de um dos seus membros, por sinal o Comandante da Força Aérea Nacional, ao grau militar de General de Aviação e ao cargo de Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas.

Bem-haja, meu General Altino Carlos José dos Santos. Bem-haja particularmente para a família Santos que de certeza está feliz por ver triunfar o seu menino que há 48 anos, aos 17 anos, em companhia de alguns jovens da sua idade, com destaque para o amigo do bairro Manuel Gonçalves (Né) deixou Angola, para se juntar aos guerrilheiros do MPLA na República Popular do Congo.

Um General de Aviação com provas dadas nos vários teatros estratégicos e operacionais.

Fez parte da geração que defendeu tenazmente os Céus de Angola quando o inimigo madrugava todos os dias para fustigar as cidades do Sul e Sudeste de Angola. Destruíram a capital do Cunene, Ondjiva. Destruíram todos os equipamentos sociais entre a fronteira e o Lubango.

Mataram milhares de civis indefesos entre os quais refugiados namibianos. O então Capitão Altino Carlos José dos Santos chefiou a Defesa Aérea Sul em companhia dos temíveis jovens que não dormiam, recém-formados na academia de defesa antiaérea de Kiev, União Soviética, os Tenentes Giba Nguma (comandante de Agrupação), Fortunato (comandante da Companhia) e tantos outros travaram o domínio da aviação aérea inimiga na Cahama.

Homenagem seja feita aos combatentes heroicos que se bateram na guerra pela Soberania Nacional e a Integridade Territorial, derrotando irremediavelmente o regime racista de Pretória.

Os grandes libertadores da África Austral.

O General de Aviação Altino Carlos José dos Santos, que recebeu do Comandante-em-Chefe a missão de comandar as FAA, chefiou a Direcção Principal de Planeamento do EMG, de certeza que conhece por dentro a instituição castrense e sabe que, para além das honras que cabem aos Generais, existe o correspondente dever de cidadania.

Além da defesa dos Direitos, Liberdades e Garantias consagrados na Constituição da República.

E os valores que dão expressão concreta ao juramento que prestou.

Que tudo poderá fazer para que os poderes instituídos cuidem de olhar para os militares, não apenas pelo lado dos deveres, mas acautelando igualmente os seus direitos e a sua dignidade, conquistados com honra e sacrifícios sem nome.

Aconselha-se resgatar o respeito a uma instituição cuja mística e dignidade têm vindo a ser sucessivamente esquecidos.

O General de Aviação Altino Carlos José dos Santos será seguramente a voz, respeitável e respeitada, que defende direitos legítimos e faz ouvir os equilibrados anseios e expectativas dos homens e mulheres que integram as FAA, tendo sempre presente, igualmente, o prestígio e o respeito do Código de Honra e dos Princípios Éticos que norteiam a profissão militar.

A missão é espinhosa, meu General! Mas está comprovado que, penso eu, é o último da sua geração a atingir o topo da carreira.

Esse facto orgulha quem consigo esteve no CIR do Sanga Planície e na verdadeira “kuemba”, no tempo da “kitota”, designadamente, Edgar Van-Dúnem, Esmeralda, Gioveth, Ary da Costa, Kianda, Foguetão, Bolingô, Alberto Neto, Kyako Kyako, Biby, Lungo, Lanucha, Farrusco, Chico Gomes, Ngonga e tantos outros.

A missão que foi confiada ao General de Aviação Altino Carlos José dos Santos exige mais do que nunca um sentimento muito forte de camaradagem, porquanto o passado, longínquo ou recente, vem comprovando que éramos de facto malta do bairro e continuamos sendo.

Quando a banga acaba, é lá onde nos encontramos. Felizes eram os tempos dos bairros Caputo, Vila Alice, Terra Nova, Sarmento Rodrigues, Campo do Cubaza e do Waz, nosso Lexus de então…pois ninguém mandava kumbu.

Se há vida no Além, então os Comandantes Dimbondwa e Iko Carreira devem estar orgulhosos.

Por: Alberto Kizua

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