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Sentada de Tradição “Conto”

Jornal Opais por Jornal Opais
11 de Outubro, 2023
Em Opinião

Numa tarde amena com os amigos, sentados sob os olhares de estranhas cevadas, continha duas mesas em torno do cerco que se fazia dourados, por dentro, atenuava-se os alaridos, todavia, os insinuosos gritos em cada sentada faziam-se ritos de tradição.

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No início, José Machado tencionava pôr um basta com pretensão de se voltar à normalidade.

Na medida que as horas passavam, colocavase sobre os pés a caminho de volta a casa, quando tentasse, flagravase sob o impulso à parede vendo os seus braços dobrados.

Carlos Jorge, um dos amigos angustiado com a situação, chegou perto e disse; não é preciso entrar em desuso, sendo que, passa apenas a partir de hoje abrir-se uma exceção, mas que se saia de livre vontade.

Ofereceu-lhe uma taça contendo álcool como tradição dos velhos tempos, foi, então, disparido com a queda de se ver perdido, porque das vastas sentadas, o copo com ou sem álcool, fora sentidas de alegria e de melancólicos sorrisos.

Voltou à casa fustigado pela aurora da noite, olhou com suavidade nos retratos, sentindo à medida larga das sentadas vividas, rondava-se sobre os cantos do quarto, com um canto místico relembrando à tradição dos tendenciosos ventos clarões do dia, rio sem foz, com um cigarro à ponta da língua.

Duas horas depois, quando à chegada dos amigos, vindo saber sobre sua chegada, saio pela porta dos fundos, nostálgico, arremessou-se para o ombro de um de seus amigos, distraído, avistou os outros pela frente.

Disfarçado, aparentava estar suado, mas ainda assim, abraçou-lhe fortemente dizendo; vim porque de nós está os sacrifícios, história que renasce em cada sentada que tivemos juntos.

Tinha vinte e três anos de idade, mas nunca conseguira explicar tudo o que sentia. Exaltado pela brisa das chamas da noite, aconchega a cabeça a uma tábua sob o pouso duma pedra, na espera que os demais saíssem, o que causara de tal forma, minutos depois, num inchaço manifestado pela demora.

Numa manhã fria, batendo a saudade no âmago entre lágrimas jazidas, de desejos internos, abriu as janelas, sentindo o aroma das paisagens, dos passeios que, às vezes, desejando não mais voltar em casa.

Como não passara de tradição, com cervejas, cigarro e petiscos, a mãe, na distração, assustou-se com medo de vê-lo a jogar-se pela janela. A mãe, em sua volta, amarfanha e colocava-se a sorrir.

Quando o pai chegou, despiu-se da escuridão do efecto e da razão cintilante que pairava no cerne do seu interior.

Ficou com a marca na memória, chocado ao vê-lo pendurado na janela, que ambos o vinham como esperança. Ficaram dois dias sem se ver, no terceiro dia, quando o pai saio do trabalho, o pai entrara com os seus tios, com a missão de pôr um basta nas atitudes vedadas de tradição, onde o fim é a perdição que não se sonhara.

Assustado com o pôr-do-sol, fundo como um furacão, ajustou-se à porta estreita, como se não visse a família a entrar, mordeu-se os dentes, saciava sair dali e jogar-se pelo quintal.

A mãe saira do quarto abatida, com estranhas sensações de febril. Foi à varanda com os sentidos penosos, sem tido tempo para poder lavar o rosto de lágrimas de rio caído.

O corpo da mãe exaltara, de certa forma, uma frieza, embora os aromas dos ventos abafados pelas estranhezas em vê-lo ladeado no meio da família, com o bolo alimentar pela boca, via no íntimo de seu filho os pedidos de desculpas, esplêndido, concordava com cada palavra que, verdadeiramente, tatuado na sua alma, relembrava dos momentos antagónicos que passara com os amigos em cada sentada de tradição.

 

Por: N’DOM CALUMBOMBO

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