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Salvação: pastor, quanto custa?

Jornal OPaís por Jornal OPaís
9 de Dezembro, 2025
Em Opinião

Há perguntas que quando efectuadas, não são feitas para responder, é apenas para acordar a cosnciência humana e, especialmente, dos agentes activos. Há, nos escombros, quem questione o preço da salvação, se calhar, um grito silencioso ou mesmo berrante sem barulho.

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Nos dias de hoje, onde tudo se compra, quem sabe se a salvação é uma delas? Quando olhamos a frase: “A Salvação: Pastor, quanto custa?” parece ser uma frase que insulta a integridade das igrejas ou mesmo dos pastores em serviço, mas a realidade não é essa, mas sim uma reflexão de que, actualmente, a salvação tem preço e os pastores estabelecem um.

A questão “Pastor, quanto custa a salvação?” revela uma profunda crise espiritual e social que atravessa muitas comunidades cristãs contemporâneas. A fé, que deveria ser expressão de liberdade, graça e encontro com Deus, tornou‑se, em alguns contextos, terreno fértil para manipulação.

O ser humano, fragilizado por dificuldades económicas, emocionais e espirituais, torna-se vulnerável a discursos religiosos que prometem soluções instantâneas mediante contribuições financeiras.

Esta dinâmica contraria de forma clara o ensino bíblico, que apresenta a salvação como um dom gratuito, alcançado não por obras humanas, mas pela graça divina. Actualmente, a espiritualidade corre o risco de ser comprado e pago, ou seja, a espiritualidade se tornou um produto de consumo, onde há lugar de comércio, vendedor e comprador.

Olhamos para templos luxuosos, campanhas cheias de brilho, mensagens revestidas de promessas rápidas e, às vezes, perguntamos a nós mesmos: será que Deus também entrou no negócio? Daí nasce nasce a pergunta: “quanto custa a salvação?” O fenómeno do comércio da fé também expressa uma distorção ética, uma vez que transforma a relação pastor–membro num espaço de exploração.

Ao invés de orientar, cuidar e ensinar, alguns líderes utilizam a espiritualidade como instrumento de dominação e lucro. A Bíblia, no entanto, é explícita ao advertir sobre falsos profetas, principalmente nos últimos tempos, indicando que tais práticas seriam sinais do afastamento da verdadeira doutrina. Jesus e os apóstolos insistem que a comunidade cristã deve permanecer vigilante, consciente e crítica diante de qualquer ensino que contradiga o Evangelho.Neste cenário, torna‑se fundamental revisitar os textos bíblicos que denunciam o engano religioso e reforçam a necessidade de discernimento.

A fé cristã não se fundamenta em transações económicas, mas na entrega, no arrependimento e na transformação interior. Para compreender a gravidade do comércio espiritual, é necessário analisar os alertas de Jesus, as advertências apostólicas e o chamado contínuo à vigilância.

É a partir dessa base que se pode afirmar: a salvação não tem preço monetário, porque já foi paga por Cristo na cruz. A mercantilização da fé não é apenas uma prática antiética, mas uma violação direta da mensagem de Cristo. Muitos líderes religiosos utilizam elementos simbólicos da fé, como água ungida, lenços, campanhas ou promessas de milagres como mecanismos de arrecadação financeira. Esse abuso espiritual explora a dor humana, prometendo curas, prosperidade e salvação mediante contribuições monetárias.

No entanto, a Bíblia afirma claramente que a salvação não pode ser comprada: “Vocês foram comprados por preço” (1 Coríntios 6:20), e esse preço foi pago por Cristo, não pelo dinheiro dos fiéis. Jesus advertiu sobre o surgimento de líderes enganadores que, nos últimos tempos, utilizariam o nome de Deus para benefício próprio. Em Mateus 7:15, Ele declara: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”.

A aparência religiosa, segundo Jesus, não garante autenticidade espiritual. O engano pode estar revestido de discursos eloquentes, sinais aparentes e práticas ritualistas. O apóstolo Pedro reforça essa advertência ao afirmar: “Por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas” (2 Pedro 2:3). Esta passagem descreve com clareza o que ocorre em muitos púlpitos modernos: líderes transformam a fé em negócio, utilizando a Bíblia como instrumento de manipulação.

Paulo também alertou sobre o mesmo fenómeno, indicando que, nos últimos dias, muitos se afastariam da sã doutrina e seguiriam mestres conforme suas próprias conveniências (2 Timóteo 4:3). A salvação, segundo o Evangelho, é gratuita: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras” (Efésios 2:8–9).

A ideia de que o dinheiro pode agilizar bênçãos, abrir portas espirituais ou garantir salvação contradiz totalmente esta passagem. A obra redentora de Cristo é suficiente; nada precisa ser acrescentado. O cristão contribui por gratidão, não por obrigação.

O fiel é chamado a desenvolver senso crítico e consciência espiritual. A Bíblia não exige submissão cega, mas discernimento. Examinar a conduta dos líderes, questionar práticas contrárias ao Evangelho e denunciar abusos não enfraquece a fé, mas a fortalece.

O próprio Jesus declarou que muitos enganariam até os escolhidos (Mateus 24:24), mostrando que o engano é sofisticado e exige atenção. A pergunta “Pastor, quanto custa a salvação?” não é apenas irónica, mas profundamente crítica.

Ela expõe a distorção de um Evangelho que deveria libertar, mas muitas vezes aprisiona através da culpa, do medo e da exploração económica. A Bíblia é clara: a salvação não pode ser comprada, negociada ou promovida como produto religioso. Jesus já pagou o preço, e qualquer tentativa de comercialização espiritual constitui afronta ao sacrifício da cruz.

Nos últimos tempos, conforme predito nas Escrituras, surgiriam falsos profetas e práticas religiosas enganadoras. Diante disso, o cristão é convidado a vigiar, discernir e permanecer firme na verdade bíblica.

Fé madura não se fundamenta em promessas de prosperidade ou rituais pagos, mas na graça que salva gratuitamente. Assim, reafirma-se: a salvação não tem preço, porque o amor de Deus não se vende, vive-se.

Por: REIS ADRIANO SIMÃO

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