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O memorial de um Natal esquecido

Jornal Opais por Jornal Opais
28 de Dezembro, 2023
Em Opinião

Quando os sonhos eram proporcionais à idade, o Natal chegava antes de dezembro. As comemorações começavam nas noites de fim de novembro. Ou melhor, no final de cada dia de novembro, víamos a estrela de Natal brilhar, cintilando no céu escuro que cobria o escombro do nosso quintal. Ao contrário desta época moderna, as actividades escolares encerravam-se em novembro, permitindo que recebêssemos inúmeros presentes por várias razões.

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Alguns eram motivados pelos bons resulta- dos que obtivemos de fevereiro a dezembro, nas escolas. Outros, da mesma forma, advinham das acções de graças que cada Natal trazia para nós. Em cada olhar, independente de quem seja socialmente, havia uma clara felicidade brilhante nos rostos de todos. Embora vendendo petróleo a retalho, carvão, fuba ou bolinho, a crença de que em casa haveria bolos era certa.

Queimados ou massudos, traziam alegria às pessoas que os esperavam sem se preocupar com questões gastronómicas ou de confeitaria Quanto às roupas, tínhamo-las meses antes da data natalina. Cada um possuía um drip específico e adequado para marcar a comemoração do nascimento daquele que foi o ser mais influente e famoso deste planeta. Marcas indeléveis foram registradas em nossa memória, principalmente a união que se vivia entre vizinhos próximos e familiares distantes, as famosas sentadas familiares.

E os sacalés então? Estes caracterizavam o que havia de bom na transição do último dia de dezembro para o início do ano novo, conhecido como passagem de ano. Na meia-noite de dezembro e nas primeiras horas de janeiro, essas actividades sacaletistas formavam uma fase circular cuja participação dependia apenas da vontade e presença de quem quisesse. Entretanto, quase ninguém se preocupava em prejudicar ou jogar água quente nos pedintes que passavam de casa em casa à procura não só de alimentos, mas, de igual modo, transmitir energias positivas às famílias.

Com danças natalinas, as pessoas que entravam nessa rotina, visitando a qua- se todos, normalmente tinham uma renda média ou baixa, sem muito poder de compra. Assim, nesse exercício de zunga, muitas delas conseguiam alimentos suficientes para dar de comer aos seus filhos. Quando um grupo batia à nossa porta para pedir sacalés, parecia que o Papai Noel estava a ser representado por aquela gente. Às vezes nossas mães também dançavam. Infelizmente, os tempos mudaram e muitas coisas foram deixadas para trás.

Hoje, tememos venenos ou queimaduras graves, pois o espírito de partilhar ficou paralisado num tempo que se não pode mais voltar para lá. Sem se esquecer de que o cus- to de vida triplicou. No entanto, se ainda sente o espírito natalino em seu lar, não hesite em comemorar da maneira que preferir e desejar. Melhor ainda se essa partilha for praticada não só nessa fase, todavia em todos os momentos, porque a maior realização de um ser humano é reduzir ao máximo o desconforto de alguém a quem a vida parece negar-lhe tudo.

POR: GABRIEL TOMÁS CHINANGA

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