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É Junho, e já não levantamos o punho: uma invasão ao mundo infantil

Jornal OPaís por Jornal OPaís
3 de Junho, 2025
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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É Junho, e já não levantamos o punho: uma invasão ao mundo infantil

Foto de: VIRGILIO PINTO

Mas onde é que colocaram as brincadeiras das escondidas, o queito – ficou, o ego pula na montanha, as semalhas e mamã mandou? A propósito, como anda o mundo infantil em Angola, ainda há crianças? Fala sério! Cadê aquelas músicas “estudar cuia”, professor, você é meu mestre? É, Maka, não é que já não existem as tais brincadeiras, ou mesmo as músicas, o problema é que já não se faz o universo infantil em Angola como antes.

Ups! As crianças de ontem cresceram, e os de hoje tornaram-se adultos precoces, ou então os adultos invadiram o mundo infantil. Vê só, já não se sente aquele entusiasmo do chegar de Junho, no qual batíamos o peito e gritávamos bem alto “é junho, levanta o punho”, porque era o mês dedicado às crianças.

Os pais, inclusive, faziam de tudo para que as crianças não perdessem a sua infância. Não é que os afazeres de hoje não existissem anteriormente, o fato é que não era dominante. Hoje, por exemplo, muitos alegam que os tempos são totalmente diferentes.

Alguns dizem que a educação é que tem falhado, outros, que a invasão do mundo moderno levou as crianças ao abismo. Uma porcentagem acredita que as crianças já não querem ser crianças por motivos que eles também acreditam não saber.

Mas a quem devemos culpar? Eu bem me lembro que no tempo do ensino primário, as escolas eram responsáveis pela promoção do sorriso no rosto das crianças, pois, faziam parte deste encanto, o teatro, a poesia, a dança, a música… O teatro do Junho era muitas das vezes ou então na sua maioria baseado em crianças, a música e dança também. Actualmente, o pintim e os paraquedadas dominaram o mundo infantil.

Não é que eu seja grosseiro, mas a escola também tem falhado muito, sem falar dos pais. Numa festa escolar-infantil, trazem músicos que cantam “afinal, é tudo natural”.

Qual é o proveito desta música no ambiente infantil? Portanto, algumas escolas têm sido cúmplices no amadurecimento precoce dos kandengues, por exemplo, nas competições de dança, nos acostumaram que quem não virar e abanar o bumbum, perde, e isso está em toda faixa etária. E os pais que diziam que as crianças são anjos? Em Angola? Fala sério! Estamos a ser ignorantes no quesito anjo.

Se numa festa de aniversário de criança, a partir das 15 horas, torna-se de adultos, fazem introdução com as músicas da Sónia, e depois? Só rola já – lá bate, lá bate, tá parti 1, e o DJ convidado quer mostrar que ele é o dono, faz acontecer com – antes de meter, e as crianças respondem manda banhar… e vimos crianças jogando-se no chão como se fossem aqueles ku-duristas que não sabem a identidade do kuduro, e todos nós aplaudimos, inclusive desafiamos qual é o filho que dança mais.

Aquele ditado de que o pai do outro também é teu pai, acho que não pega com as crianças de hoje, você puxa a orelha do filho de outrem, já não será necessário esperar os progenitores, a própria criança vai atacar. Não é que isso aconteça com todos, ainda há esperança em certas crianças, cuja infância não foi perdida.

Louvado seja a Academia Kids Telent Awards e a Kanuca Tv que tudo têm feito para recuperar a infância dos kanukos, e a Sónia que nunca perde a sua identidade. Ainda assim, continuamos quase sem cantores infantis, não, bem dizer cantores que fazem músicas voltadas à criança, porque cantores infantis temos de sobra.

É necessário que voltemos o mundo infantil às crianças, a escola tem de desempenhar o seu papel. De tal modo, os pais e a sociedade em geral. Não deixemos que alguém interrompa a inocência delas, os nossos afazeres podem comprometer o seu mundo. Havemos de levantar novamente o punho, é junho.

Por: CAPELA JOÃO NDUNGIDI

Feliz dia das crianças…

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