Decorre até amanhã, sábado, em Luanda, a quinta edição do Fórum Internacional de Tecnologia de Informação e Comunicação de Angola (ANGOTIC), que ocorre num ano especial em que o país se prepara para celebrar 50 anos como nação independente, daí a escolha do lema ter sido o sugestivo — “50 anos a comunicar, a modernizar e a desenvolver Angola”.
O país está a enfrentar bastantes desafios nos diversos sectores que o compõem, todavia, não pode estar distante das plataformas modernas que o conectam com outros pontos do globo, sendo imprescindível que, nos dias de hoje, as tecnologias de informação e comunicação sejam um aliado de todas as horas. Assim sendo, o Executivo, através do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), se propõe, em três dias, discutir, mostrar e analisar os meandros dos avanços tecnológicos da actualidade, podendo a posterior colocar-se à disposição da nossa economia, que carece igualmente de investimentos no seu maior activo, o homem.
O país hoje conta com escolas de formação nestes sectores, a exemplo do Instituto Médio de Telecomunicações (ITEL) e ainda o Instituto Superior no mesmo segmento, ambos situados no município do Rangel, para além de outros, de iniciativa privada, que vão dando o ar da sua graça ano após ano.
A plataforma ANGOTIC é precisamente o palco ideal para se mostrar não só conhecimentos e invenções, mas sobretudo soluções para os mais candentes problemas que ainda enfrentamos, reconhecendo, no entanto, as nossas limitações e ombreando com outros actores, de modo a procurarmos respostas locais para os problemas locais. Uma situação ocorrida ontem, por exemplo, no local do evento, foi a “vulgarização” da internet num único espaço em simultâneo. Vou explicar- me melhor: cada empresa tinha à sua disposição a sua própria internet via Wifi.
No entanto, a dado momento, face à procura do sinal, elas congestionaram-se, provocando uma comunicação deficitária. Desse modo, e com ajuda de jovens estudantes, poderão obviamente propor à organização para o próximo ano um único ponto de internet com maior velocidade e acesso a todos, sem que necessariamente haja ruídos. Não somos especialistas na matéria, mas a plataforma serve precisamente para se apresentar soluções.
Por outro lado, é preciso dar nota que, embora o quão bom sejam as novas tecnologias, à distância de um clique, não podemos perder de vista os nossos bons hábitos e costumes, como as nossas saudações, os encontros presenciais, o abraço, e tantos outros que não podem nunca ser substituídos por maior tecnologia que venhamos a ter. É preciso continuar a cultivar os bons hábitos. E isto também é um desafio.