Coordenador do jornal OPAÍS, saudações e votos de óptima sexta-feira! Nos últimos dias, os órgãos de comunicação social e as redes sociais vão nos brindando com casos bicudos. Isto mostra que as instituições públicas e privadas estão a perder o controlo de muitas coisas sérias e que colocam em risco a vida dos cidadãos.
A moral, a ética e as normas jurídicas são instrumentos de regulação, no entanto, cada uma ao seu nível. E, quando os cidadãos na vida em sociedade vão perdendo isso, implica que os outros sectores que a compõem estão em coma induzido e profundo.
No município de Xá-Cassai, na província da Lunda-Norte, um cidadão supostamente médico foi detido pela Polícia Nacional. Tudo aconteceu porque o pseudo-médico administrou mal uma medicação à paciente no posto em que se encontrava internada. Esta, por sua vez, acabou por perder a vida.
A situação gerou polémica a ponto de os familiares arregaçarem as mangas para o agredirem. Por conta desta situação, a Polícia Nacional foi a tempo de salvar a vida do suposto médico e ser detido para mais esclarecimentos sobre o atrevimento que teve em tratar uma paciente sem quaisquer noções de enfermagem ou medicina.
Que situação! Ainda assim, é ponto assente que a crise em Angola, para além de ser da família, instituição mais importante, onde quer que seja, estendeu-se também às instituições públicas e privadas; no entanto, caiu a moral e a ética.
POR: Lírio dos Gambos, Benguela