O Presidente do Egipto, Abdelfattah al-Sisi, e o rei do Bahrein, Hamad bin Isa Al-Khalifa, defenderam, ontem, uma solução de dois Estados para acabar com a guerra na Faixa de Gaza e o reconhecimento internacional da Palestina, bem como a sua inclusão como parceiro na ONU.
Numa conferência de imprensa conjunta na capital egípcia, Al-Sisi alertou para “a expansão do conflito e a entrada num círculo de violência” se a agressão mútua entre Israel e o Irão se espalhar e se retroalimentar, uma situação que descreveu como “muito perigosa”.
O monarca do Bahrein recordou a “prioridade” de alcançar um cessar-fogo em Gaza e de acelerar a entrada de ajuda humanitária no enclave palestiniano, reiterando “a necessidade de aplicar uma via política para estabelecer os dois Estados e aceitar a Palestina como parceiro de pleno direito na ONU”.
A ordem de trabalhos da 33.ª Cimeira Árabe, que terá lugar no Bahrein, em Maio, inclui a execução de uma “política clara para desanuviar o Médio Oriente e garantir a segurança e a estabilidade regionais”.
Os dois monarcas sublinharam a importância de proteger os civis e garantir a ajuda humanitária na Faixa de Gaza, rejeitando qualquer tentativa de prolongar a guerra, o ataque a Rafah ou a deslocação forçada de palestinianos, bem como a agressão contra os palestinianos na Cisjordânia, segundo o canal oficial de televisão jordano Al-Mamlaka.