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Tiago Armando: “Tanto os americanos quanto os europeus não têm como não se virarem para o continente africano”

Sebastião Félix por Sebastião Félix
6 de Junho, 2025
Em Entrevista
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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Tiago Armando: “Tanto os americanos quanto os europeus não têm como não se virarem para o continente africano”

Lito Cahongolo

A abertura da 17.ª Cimeira Empresarial EUA-ÁFRICA, que se realizará em Luanda, capital angolana, de 22 a 25 de Junho do corrente mês, caberá ao Chefe de Estado e Presidente da União Africana (UA), João Lourenço. No entanto, para reflectir esse momento, o docente universitário formado em Relações Internacionais, Tiago Armando, anteviu o certame em várias perspectivas, sendo que adiantou que a aposta no capital humano e nas infra-estruturas de apoio serão, entre outros pontos, motivos para alavancar a economia africana e colocá-la na era global, uma vez que a ordem económica neo-liberal económica vai perdendo força. A Cimeira, organizada anualmente pela Corporate Council on Africa (CCA), visa promover parcerias económicas e investimentos bilaterais entre os EUA e o continente

Luanda acolhe a 17.ª edição da Cimeira Estados Unidos da América (EUA)- ÁFRICA. O que se espera dela?

Bem, os empresários americanos vêm ter connosco, porque a Cimeira-Estados Unidos da América (EUA) será realizada cá. As cimeiras, neste âmbito de negócio, são iniciativas de grupos empresariais que de facto querem, de certa forma, dinamizar a cooperação entre os países, sobretudo no setor empresarial. Como se sabe, a nível político-diplomático, os Estados tratam de determinados assuntos, assinam acordos, memorandos e, depois, os intervenientes ou agentes económicos, como as empresas, é que actuam nesse desdobramento dos acordos. Acredito que vão levar a imagem do país. Um país que está aberto ao investimento estrangeiro. Um continente com várias potencialidades, como capital humano, terras aráveis e um mercado de consumo, mas, de certa forma, acredito que as grandes preocupações serão a possibilidade de mais abertura dos empresários africanos, em particular os angolanos, entrarem no mercado norte-americano. Isto é de facto um grande desafio, porque as relações empresariais, muitas vezes, tendem a ser formais. No entanto, do ponto de vista daquilo que são as relações de poder, existe uma assimetria entre as empresas. E, de certa forma, isto faz com que aquelas empresas que vêm de países mais desenvolvidos acabem sempre tendo vantagens, porque são de países com indústrias bem consolidadas e têm mercados fortes. Um outro aspecto, provavelmente, que as empresas americanas vão levar para o encontro está relacionado com a transferência de know-how e a necessidade, digamos assim, de fortalecer a chamada diplomacia corporativa entre as empresas. E, aqui, o grande desafio também tem a ver com a internacionalização das empresas africanas. Por exemplo, nós temos poucas empresas angolanas operarem nos Estados Unidos da América. O volume de negócios entre o empresariado norte-americano e o empresariado africano é muito reduzido. Aliás, nos últimos três ou quatro anos, as relações diplomáticas entre os Estados Unidos da América e Angola foram, digamos assim, intensificadas, sobretudo depois da celebração dos 30 anos de relações entre os dois países. De facto, esta é a oportunidade.

A ideia que se tem no Ocidente é a de que o continente africano é rico em matérias-primas para serem exploradas. Há ou não condições de impor a sua vontade?

Isso tudo tem a ver com a visão política estratégica das lideranças africanas. Temos todos os fatores da produção. Temos terras aráveis, temos capital humano, portanto só não temos capital financeiro suficiente que nos permita investir no sector industrial e isso passa pela transformação da matéria-prima em produto final. Só pelo fato de termos uma industrialização fraca, fragilizada, maior parte da matéria-prima é enviada para fora e regressa como produto acabado para o continente africano. Isto significa o quê? Que as lideranças africanas têm falhado do ponto de vista daquilo que são os factores de produção na perspectiva integral. Ou seja, é preciso investir no capital humano e no capital fixo, que são as máquinas, mas maior parte dos Estados africanos está atolada na armadilha da dívida pelo facto de não saberem racionalizar ou canalizar bem as suas dívidas. Investem em projectos que depois acabam por não ter retorno para pagar a dívida e, consequentemente, surge dívida em cima da dívida.

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Sebastião Félix

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