O quadro macroeconómico do país foi apresentado, em Marrocos, ao banco Mundial (BM) e ao Fundo Monetário internacional (FMI) pelo governo, no âmbito do processo de captação de oportunidades de investimento no sector da economia real, sobretudo para o Corredor do Lobito
A delegação angolana, liderada pela ministra das Finanças Vera Daves de Sousa, integrada pelo ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, e do governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Manuel Tiago Dias, esteve presente nas reuniões estatutárias e bilaterais, com a vice-presidente para África Central e Austral do BM, Victória Kwakwa, em Marrakech, Marrocos. No evento, os ministros e o governador do BNA apresentaram aos investidores o actual quadro macroeconómico e assegurar que o país está em condições de cumprir os seus compromissos internacionais.
O ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, considera as reuniões frutíferas, com as partes envolvidas na procura por parcerias para o desenvolvimento, tendo apelado mais financiamento para a produção e distribuição de energia eléctrica em África. Acrescentou que, no encontro com a Victória Kwakwa, “conseguimos pôr a nossa carteira de projectos com o Banco Mundial, entre os quais o de estatística, com cerca de 60 milhões de dólares”. Mário Caetano João lembra que o país conseguiu aprovar também o “projecto diversifica mais”, a ser implementado ao longo do Corredor do Lobito, focado na melhoria do ambiente de negócio, desenvolver e fomentar a actividade económica ao longo do corredor.
Segundo o ministro, implica também o desenvolvimento das mais diversas plataformas logísticas, para que possa funcionar como áreas de fomento para a procura por produtos do sector do agronegócio. Já a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, fez saber que participaram nas reuniões estatutárias os governadores do comité de desenvolvimento, monetário e financeiro. Acrescentou que a delegação angolana esteve, também, num conjunto de seminários, painéis de debates e mesas redondas. Destacou o facto de ter existido muito debate em torno das reformas das instituições financeiras multilaterais, “para torná-las adaptáveis aos desafios da actualidade, mais próximas do continente africano, com o intuito de ter mais voz nestas instituições, a nível da gestão de top, do conselho de governador, e desafios da dívida”.