A administradora municipal das Cacimbas, na província do Namibe, Júlia Morais, disse, hoje, no município da Bibala, que a exiguidade do número de efetivos da Polícia Nacional contribui para que a situação do conflito entre os grupos etno-linguístico Nyaneka-Humbi e Kuvale, fosse incontrolável, tendo resultado em 12 mortes e três feridos.
João Katombela, enviado ao Namibe
Júlia Morais disse que o município das Cacimbas dispõe apenas de cinco efectivos da Polícia Nacional que garantem a ordem e a tranquilidade pública, número exíguo tendo em conta o número de habitantes da municipalidade.
A responsável disse que, só no sábado passado, foram avistados mais de 50 jovens mukubais armados com armas brancas, preparados para atacar as aldeias do grupo etno-linguístico Nyaneka-Humbi.
Face os acontecimentos do último fim-de-semana, o comandante municipal da Polícia Nacional nas Cacimbas, identificado por Lulu, defendeu, no encontro de concertação entre o Governo Provincial do Namibe e os representantes dos dois grupos etno-linguístico, que se faça recurso às Forças Armadas Angolanas (FAA) para conter a situação.