A directora de infra-estruturas desportivas e juvenis do Ministério da Juventude e Desportos (MINJUD), Elizabeth Cailo, quebrou o silêncio nesta terça-feira sobre os sucessivos assaltos registados em balneários da Cidadela Desportiva, esclarecendo que a gestão dos espaços, após entrega das chaves, é da exclusiva responsabilidade das equipas.
Em declarações à imprensa, a responsável foi categórica ao afirmar que, nas instalações sob tutela do MINJUD, existem regulamentos definidos, e que o papel do ministério limita-se à entrega das chaves dos balneários a um representante da equipa no início da actividade desportiva. “A gestão de aceder a este espaço depois da recepção das chaves não é nossa. Não é uma responsabilidade nossa.
Quem entrega a chave a terceiros está a assumir essa responsabilidade por sua conta”, frisou Cailo, sublinhando que muitas das ocorrências poderiam ser evitadas com maior rigor interno por parte das federações.
Elizabeth Cailo apontou ainda que o Ministério tem insistido em reforçar medidas de segurança, mas enfrenta resistência por parte de algumas federações, que se opõem à contratação de equipas especializadas de asseguramento de eventos, por considerarem os custos elevados.
“Quando exigimos que cada actividade tenha obrigatoriamente uma equipa de asseguramento de evento, muitas vezes dizem que estamos a exigir demais, porque são serviços com custos que eles não querem suportar. Mas isso seria essencial para evitar situações como essas”, lamentou.
A responsável garantiu que o MINJUD já proibiu os seus funcionários de higienização de entrar nos balneários sem a presença de um representante da equipa.