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Finda Mozer: O bombeiro das equipas que ascendem para o Girabola

Nascido em 1974, Joaquim Finda Mozer destaca-se no mosaico do futebol nacional por tirar as equipas da Segundona para o Girabola, Campeonato Nacional, que já leva mais de 40 cacimbos. Porcelana do Cuanza-Norte, 1.º de Maio de Benguela, São Salvador do Kongo e o Desportivo da Huíla, como técnico-adjunto, são os clubes que ascenderam à fina flor do desporto-rei no país com o calor de Finda Mozer. Actualmente sem clube, o treinador contou ao OPAÍS as injustiças que enfrentou até ao momento na sua carreira e também as aspirações que estão por vir

Jornal OPaís por Jornal OPaís
3 de Janeiro, 2025
Em Desporto, Destaque
Tempo de Leitura: 6 mins de leitura
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Finda Mozer: O bombeiro das equipas que ascendem para o Girabola

De 50 anos de idade, Joaquim Finda Mozer começou a sua caminhada no desporto-rei no Clube Desportivo da Combal, em 1996, onde escreveu os primeiros capítulos de um livro que passaria pelo Bolama, Desportivo da Nocal e Progresso do Sambizanga. No clube Sambila, Finda Mozer jogou por quatro temporadas até que a pressão familiar, especialmente do pai, o forçou a pendurar as chuteiras para se dedicar aos estudos, em 2000.

No entanto, a vontade de chegar aos holofotes do futebol nacional não caiu por terra, uma vez que tinha um «forte desejo» de vir a ser treinador. “Naquele período, o meu pai me obrigava a terminar os estudos e, quando fui dispensado pelo clube, decidi terminar a carreira como jogador.

Foquei-me nos estudos, no entanto, o desejo de seguir a carreira de treinador corria nas minhas veias”, começou por dizer. Fez questão de assinalar que o primeiro desafio como treinador surgiu quando foi contactado pela direcção do Paraná FC do Rangel para disputar o Girabairro. Fruto da «boa amizade» que tinha com o treinador do Desportivo da Huíla, o malogrado António Barbosa, foi convidado pelo próprio para se juntar à equipa técnica, isto é, em 2004.

Em seguida, Finda Mozer fez uma formação para obtenção da «Licença B» no sentido de elevar os conhecimentos sobre a modalidade. E os frutos não tardaram em chegar. Suas ideias foram fundamentais para as estratégias de António Barbosa, que contribuíram para que a equipa conseguisse naquele ano o apuramento para o Campeonato Nacional de futebol da primeira divisão, Girabola.

Depois de seis anos como técnico-adjunto da formação da cidade do Lubango, acumulou «muita experiência», levando-o a assumir, em 2010 e 2011, o papel de treinador principal. Essa ascensão na carreira fez com que acreditasse que, afinal, podia atingir patamares mais elevados na modalidade.

Em 2012, o treinador deixa o clube da cidade do Cristo Rei para coordenar o futebol da Escola Norberto de Castro. Posteriormente, seguiu para o Porcelana FC do Cuanza- Norte que disputava a segunda divisão, vulgo “Segundo- na”. E foi neste clube que acabaria por conseguir, como treinador principal, a sua primeira subida ao primeiro escalão.

“Cheguei ao Porcelana com muita experiência, e isso ajudou a equipa a con- seguir a subida de divisão”

Embora as coisas tenham corrido mal após a promoção por conta das insuficiências do plantel, o treinador continuava a espalhar o perfume da sua qualidade. “Cheguei no Porcelana com muita experiência e isso ajudou a equipa a conseguir a subida de divisão”, disse. A seguir, Finda Mozer recebe um convite de Wilson Faria, na altura presidente do 1.º de Maio de Benguela, para treinar a equipa, em 2015.

O treinador aceitou de imediato, mostrando-se pronto para ajudar a direcção a alcançar os seus objectivos que passavam pela promoção à prova rainha do futebol nacional. Finda Mozer conseguia, assim, o segundo feito na carreira, colocando a equipa da cidade das Acácias Rubras no «convívio dos grandes», ou seja, no Girabola.

Revelou que essa conquista solidificou ainda mais a sua reputação no panorama desportivo futebolístico nacional. Volvidos alguns anos, juntou- se ao São Salvador do Kongo para ajudar a equipa a disputar a primeira divisão, facto que aconteceu em 2023. Mas a trajectória no principal escalão não foi das melhores, acabando por ser demitido pouco depois.

Em seguida, Finda Mozer foi para o Kabuscorp do Palanca, onde enfrentou o mesmo destino: demissão. Sublinhou que, neste momento, continua sem clube, mas mostrou-se optimista em dias melhores.

“Não fui valorizado no São Salvador do Kongo”

O ex-treinador do Kabuscorp do Palanca, Joaquim Finda Mozer, expressou o seu descontentamento em relação à falta de reconhecimento pelo trabalho realizado durante a sua passagem pelo São Salvador de M’banza Kongo.

Finda Mozer revelou que quando a equipa enfrentava um momento conturbado devido aos maus resultados durante a época 2023/2024, a direcção discutia publicamente a possibilidade de contratar um novo treinador para a temporada seguinte.

Disse que essa situação gerou um ambiente de tristeza e insatisfação, tendo considerado a atitude como uma tremenda falta de profissionalismo. Sublinhou que a direcção deveria tratar a situação internamente no sentido de salvaguardar a imagem do treinador. “Saí do clube como se nunca tivesse feito nada.

Fiz um grande trabalho pelo clube. Coloquei a equipa no Girabola. Conseguimos a manutenção, mas infelizmente nunca fui reconhecido. E quando estava a enfrentar maus resultados, a direcção já falava na imprensa sobre um novo treinador e isso deixou-me triste. Não foram profissionais”, lamentou.

Apesar das dificuldades enfrentadas, Joaquim Finda Mozer afirmou que não saiu do clube com mágoas. “Claro que não, pois mantenho contacto com os dirigentes, mas de forma amistosa”, revelou.

Em relação ao actual treina- dor do São Salvador do Kongo, Flávio Amado, Finda Mozer manifestou a sua admiração pelo trabalho realizado. “Penso que está a fazer um trabalho excepcional”, elogiou, demonstrando apoio ao novo comandante da equipa.

“Fui para o Kabuscorp num momento que não deveria acontecer”

Relativamente à passagem pelo Kabuscorp do Palanca, Joaquim Finda Mozer considerou como «bastante negativa» e destacou que a situação ocorreu num momento inadequado. O treinador sublinhou que não foi responsável pela formação do plantel, o que dificultou a aplicação da sua filosofia de jogo e da metodologia de trabalho.

Apesar da curta duração no clube, que durou apenas três meses, Finda Mozer manifestou um sentimento misto de satisfação e tristeza. “Saio satisfeito, embora triste por também não ter conseguido alcançar os objectivos do clube”, declarou. O presidente do Kabuscorp, Bento Kangamba, inicialmente quis que o treinador permanecesse no comando técnico, no entanto, a maioria dos membros da direcção acreditava que a saída do treinador seria a melhor decisão para o futuro do clube.

“O presidente quis que continuasse, mas alguns membros não aceitavam e o presidente só teve que aceitar”, apontou. Actualmente sem clube, Finda Mozer disse que está em conversações com várias equipas, tanto nacionais quanto internacionais. Disse que “neste momento não posso dar detalhes porque as negociações estão a decorrer”. O técnico referiu que está em conversação com um clube estrangeiro e três que disputam a prova rainha do futebol nacional.

“Já pensei em desistir devido às injustiças no nosso futebol”

O técnico fez questão de assinalar que a maior injustiça que sofreu até ao momento na sua carreira aconteceu em 2013, quando a sua equipa, o Porcelana do Cuanza-Norte, foi despromovida na última jornada do Girabola, com 31 pontos. Finda Mozer recordou que, num jogo decisivo contra o Benfica de Luanda, a sua equipa precisava apenas de um empate para garantir a permanência na primeira divisão, mas saiu derrotada por uma bola sem resposta.

Disse não ter dúvidas de que houve uma manipulação nas decisões da arbitragem que favoreceu outros clubes, como o Atlético Sport Aviação (ASA) e Benfica de Luanda, que também lutavam pela permanência. O treinador revelou que esse episódio foi um golpe duro e o fez questionar a sua continuidade no futebol.

“Foi o momento mais triste que vivi até agora na minha carreira. Na verdade, cheguei mesmo a pensar em desistir do futebol. O árbitro marcou um pênalti que nunca existiu”, confessou. Entretanto, nem tudo foi tristeza na trajectória de Finda Mozer, tendo destacado que o momento mais alto da sua carreira deu-se quando conseguiu levar o São Salvador do Kongo para a primeira divisão do Girabola.

Para o treinador, essa conquista foi ainda mais significativa devido às dificuldades enfrenta- das pelo clube. “O clube não tinha condições e mesmo assim foi possível realizar os objectivos da direção”, afirmou.

“Ainda não me sinto realizado enquanto treinador”

Joaquim Finda Mozer, de 50 anos de idade, afirmou que ainda não se sente plenamente realizado como treinador. O treinador referiu que a sua principal aspiração, neste momento, passa pela obtenção da «Licença A».

Para o técnico, essa formação representa uma porta de entrada para oportunidades mais amplas dentro do desporto-rei. “Só me sentirei realiza- do quando fizer a formação para a obtenção da licença A, pois sem ela nunca terei a oportunidade de competir nas Afrotaças”, afirmou.

Além da licença A, Finda Mozer também sublinhou a importância de conseguir «Licença Pro». “Conquistar o Girabola também é um objectivo, mas a Licença A e Pro são primordiais. Com essa formação, terei mais aberturas no ramo do futebol”, explicou. Por outro lado, mostrou- se satisfeito com a eleição de Alves Simões como novo presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF).

“Acredito que o nosso futebol dará um salto qualitativo, porque essa nova direcção é composta por pessoas que entendem o futebol, o que não se registou no antigo elenco”, concluiu.

POR:Kiameso Pedro

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