A organização cívica e cultural foi fundada em 1975, em Luanda, sendo a primeira instituição cultural a surgir no pós-independência de Angola. tem na sua génese o nacionalismo, o patriotismo e a matriz da literatura nacional, reunindo desde a sua criação grandes nomes das letras, como António Jacinto, Luandino vieira, Pepetela, Maria Eugénia Neto e outros
Foi a 10 de Dezembro de 1975 que o primeiro Presidente da República e fundador da Nação, António Agostinho Neto, proferiu o discurso que deu, oficialmente, o nascimento da União dos Escritores Angolanos (UEA), uma organização de caris cívico e cultural, criada fundamentalmente com o propósito de promover, fomentar e enraizar a literatura angolana nos quatro cantos do país e difundir além-fronteira. Hoje, passados 50 anos, a instituição, que até tem notoriedade, credibilidade e robustez na esfera sociocultural angolana, debate-se com “n” problemas e situações que a têm colocado longe dos ideais pelos quais foi criada.
A organização enfrenta, entre outras, a problemática do seu não funcionamento normal devido à falta de meios, recursos e principalmente à falta de legitimidade legal ao candidato recém-eleito para o cargo de secretário-geral da organização.
O escritor José Luís Mendonça é membro da UEA há mais de 40 anos e recorda que, nos primeiros anos, a organização sempre soube lidar com as vicissitudes e protegeu os seus filiados, conferindo lhes sempre a dignidade e o respeito, sem perder de vista a missão de defender, valorizar e promover a literatura nacional e os seus autores.
“A União dos Escritores Angolanos nasceu nos primeiros anos da in dependência com uma aura muito preciosa e um dos primeiros trabalhos que se fez de grande vulto foi a acção editorial. Publicavam-se livros de autores nacionais com milhares e permitia que as obras dos filiados fossem disponibilizadas sem grandes dificuldades”, recorda com nostalgia.
Entretanto, o também docente e historiador diz-se entristecido pelo cenário que a organização apre senta actualmente, fruto, no seu entender, da falta de comprometi mento e de paixão para com a lite raturanacional. José Luís Mendonça diz não compreender como foi possível a UEA chegar a contrair várias dívidas de atrasos salariais e despesas fiscais, sem alguma justificativa plausível, situação que agravou igualmente a capacidade de publicação das obras dos seus filiados.
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