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Dias Rodrigues: “Houve uma decaída muito grande na produção musical, pelo momento económico que o país vive”

Maria Custodia por Maria Custodia
6 de Junho, 2025
Em Cultura, Em Cartaz
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Dias Rodrigues: “Houve uma decaída muito grande na produção musical, pelo momento económico que o país vive”

Dias Rodrigues trabalha como técnico de som na Rádio Luanda há 35 anos, uma jornada que considera ideal para aquilo que é a consagração do Projecto Picante, que vai na sua 7.ª edição. Conta que, ‘‘já produzi quase metade dos músicos angolanos, desde Paulo Flores, C4 Pedro, Matias Damásio, Yola Semedo, Carlos Burity’’

Trabalha nesta área há mais de 15 anos, qual é o balanço que faz deste percurso? É um percurso fantástico. Acredito que tudo quando é feito com amor tem sempre um toque especial.

O meu trabalho envolve muitas coisas que fazem com que hoje o Dias Rodrigues continue a carburar e a dar sempre o seu melhor, no sentido de poder mostrar cada vez mais aquilo que a juventude pode colher no futuro.

Porque também acabo por me tornar um espelho e, naturalmente, tenho que procurar cada vez mais dignificar o meu trabalho e fazer com que a juventude, em si, começe a encaixar que é necessário ter mais uns Dias Rodrigues. Também, estou aqui para deixar o meu legado e continuar sempre a contribuir para aquilo que é o desenvolvimento da cultura angolana e da música.

Nesta jornada, provavelmente com muitos desafios, o que aponta como maiores dificuldades?

Hoje em dia, em termos de produção, a maior dificuldade é a financeira, para poder fazer um álPara mim, no guetto existem os melhores profissionais. Os miúdos que tocam bem estão todos album ou trabalho como deve ser. Uma situação que ocorre pelo mundo e o país está a viver.

Acho que chegou também a fase dos produtores musicais começarem a encarar estes problemas. Tirando isto, temos sempre a vontade de mostrar e fazer aquilo que realmente gostamos de fazer.

Este tipo de percurso é algo que já levamos há muitos anos e estamos sempre com a disposição para podermos abrilhantar e termos o melhor palco naquilo que diz respeito à produção musical.

Como analisa o trabalho dos Djs no mercado nacional?

Os Djs estão fantásticos, cada dia aparecem novos valores. Há muitos miúdos com talentos que têm capacidade de fazer muito mais do que aquilo que há anos atrás fazíamos.

Hoje qualquer pessoa acaba por ser um Dj, porque nós, os angolanos, temos a música na veia. Nós não vivemos sem isto. E a capacidade dos miúdos aparece com esta vontade e o carisma de querer ser um Dj é muito louvável.

Para mim, no guetto existem os melhores profissionais. Os miúdos que tocam bem estão todos ali, só precisam de uma oportunidade para poderem sobressair. E cada um, se continuar a trabalhar, vai ter o seu momento de brilhar. Actualmente o país tem a capacidade de poder apresentar a cada dia um Dj por semana.

Hoje podemos ver este trabalho como uma profissão, na qual os seus operários sobrevivem do mesmo?

Hoje dá para viver deste trabalho. Nós temos que começar a ver o Dj como os outros profissionais, que faz um trabalho como os outros. É um trabalho muito desgastante e requer muitos custos. Os aparelhos são muito caros.

Tu tens que trabalhar para ter aparelhos profissionais, um computador de topo e os materiais não estão abaixo de um milhão de kwanzas. E o investimento que se faz se ganha na música tem que valer alguma coisa.

Hoje, ser DJ é um trabalho que merece muito respeito, porque as pessoas passam noites sem dormir para continuar a tocar. Actualmente, estou sempre a fazer a mesma coisa, a tocar aos fins-de-semana, de sexta-feira a domingo.

Quando tu gostas da profissão que levas, acaba por ser um hobby de todos os dias. Um Dj hoje tem um papel fundamental naquilo que é a consistência social. Acho que hoje as pessoas dançam, cantam, se estiverem cansadas saem do trabalho, querem ir a um bar ou restaurante ouvir boa música para descomprimir cada vez mais, principalmente aos fins-de-semana.

E os preços que pratica são satisfatórios?

Hoje há preço para tudo. A dificuldade de quem está a ler este jornal pode ser igual ou pior do que a minha. Todos estamos a lutar para sobreviver. Sou daquelas pessoas que têm uma sensibilidade muito grande e não olho muito pelo dinheiro, apesar de que muita gente fica com medo de me contactar por achar que sou muito careiro. Mas não tem nada disso! Temos que ver pela qualidade do trabalho. Tudo isso é fruto do trabalho que fui fazendo ao longo destes anos.

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Maria Custodia

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