OPaís
Ouvir Rádio Mais
Seg, 18 Ago 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Ouvir
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

Acervo do Museu de História Natural desactualizado há mais de 40 anos

Domingos Bento por Domingos Bento
26 de Maio, 2023
Em Cultura, Destaque, Em Cartaz
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
0
Acervo do Museu de História Natural desactualizado há mais de 40 anos

Os mil e 47 animais que estão expostos na instituição são do período colonial, sendo que muitos deles encontram-se em estado de necessidade de restauração

Poderão também interessar-lhe...

Kardo Bestilo homenageado pelo contributo na literatura infanto-juvenil

Escritora Mira Clock defende mais espaço para a literatura infantil no país

Ministro da Cultura apela kuduristas a composições construtivas e educativas nas suas criações

O acervo exposto do Museu de História Natural, localizado na baixa de Luanda, não é actualizado há mais de 40 anos.

Os mil e 47 organismos de animais inventariados que lá estão expostos são do período colonial, sendo que muitos deles encontram-se em estado de necessidade de restauro.

Porém, muitos destes organismos foram retirados da sala de exposições por terem atingido um estado de degradação irrecuperável devido ao tempo que foram criados.

Entretanto, depois do alcance da independência, as autoridades angolanas não voltaram a actualizar as peças do referido museu, situação que deixa a unidade museológica desactualizada e com falta de alguns animais, como são os casos do leão, dinossauro e outros bichos da selva nacional.

No entanto, apesar de o museu ser um dos mais concorridos em termos de visitas, ao nível do país, com uma média de ingresso de 300 pessoas por dia, em períodos escolares por via das crianças que chegam lá em grupos, a falta de actualização contribui para o absentismo de outros usuários que gostariam de encontrar novidades no acervo histórico da instituição que se vê, assim, parada no tempo.

Dinheiro entre os grandes empecilhos

As autoridades angolanas apontam, entre outras causas da falta de actualização do acervo exposto desta importante unidade histórica, a falta de recursos financeiros. Ana Lavres é a chefe de investigação científica da referida unidade museológica.

Em declarações ao jornal OPAIS, reconheceu que a instituição não vê o seu acervo exposto actualizado desde o alcance da Independência, precisamente há 47 anos, apontando a escassez de recursos financeiros como estando entre as causas.

A funcionária sénior do museu, que lá trabalha há mais de 20 anos, admitiu a necessidade de se actualizar o acervo para atrair mais visitantes e alargar a base de receitas, mas diz que a instituição vê-se de mãos atadas por não ter capacidade financeira para o efeito.

“Todo acervo que temos aqui vem do tempo colonial. Nada foi posto depois do alcance da Independência.

Mas, ainda assim, temos muita gente que nos visita, porque sabemos receber os nossos visitantes”, apontou.

Falta de equipamentos Por outro lado, a fonte disse ainda que, também, a falta de equipamentos especializados e os actuais limites impostos à caça de animais em Angola contribuem para a falta de actualização do acervo do referido museu.

“Anteriormente tínhamos uma parceria com o Instituto de Desenvolvimento Florestal. Eles quando encontravam algum animal traziam para nós. Mas a lei agora proíbe de caçar animais para esse fim”, explicou.

Ausência de equipamentos

Por outro lado, a fonte disse ainda que, também, a falta de equipamentos especializados e os actuais limites impostos à caça de animais em Angola contribuem para a falta de actualização do acervo do referido museu.

“Anteriormente, tínhamos uma parceria com o Instituto de Desenvolvimento Florestal. Eles quando encontravam algum animal traziam para nós. Mas a lei agora proíbe caçar animais para esse fim”, explicou.

Falta de técnicos especializados

De dificuldades em dificuldades o histórico museu vai galgando, ajustando-se ao tempo para não fechar as portas, como disse Ana Lavres, que apontou ainda outras necessidades que dificultam a normal actividade museológica.

Conforme referiu, o museu debatese, actualmente, com problema de falta de técnicos especializados, sobretudo para o processo de restauro e taxidermia, duas áreas fundamentais para o exercício da actividade museológica.

“Temos défice de especialistas na área de taxidermia e restauro para aqueles organismos expostos e que encontram-se em estado de degradação”, notou.

Fuga de quadros

De acordo ainda com Ana Lavres, a fuga de quadros tem sido dos principais factores que vem contribuindo para a falta de recursos humanos no Museu de História Natural. Conforme referiu, até 2013, a instituição tinha um total de 75 quadros. Já actualmente, frisou, o museu conta apenas com 24 funcionários, sendo que, deste grupo, apenas cinco são técnicos especializados.

Já os restantes são funcionários de base que não dominam o sector museológico.

Ana Lavres disse que grande parte dos técnicos preferiram seguir outros rumos em busca de melhores condições de trabalho, sendo que muitos foram parar às Forças Armadas Angolanas, à Polícia Nacional e outros na sede do Ministério da Cultura por acharem que, nesses locais, verão as suas vidas mais facilitadas.

“A falta de pessoal é a nossa batata quente. Só para ver, cada departamento tem dois a três funcionários. Essa baixa deve-se a vários factores que estão ligados à busca de melhores condições”, lamentou.

Restrições limitam visitas

Por outro lado, Ana Lavres deu ainda a conhecer que, fruto das restrições impostas pela pandemia da Covid-19, o museu viu, há mais de dois anos, o período de funcionamento restringindo.

Entretanto, ao contrário do anterior período de funcionamento, que era de Domingo a Terça-feira, hoje o museu abre as portas apenas de Segunda a Sexta-feira, o que limita o acesso de mais visitas, sobretudo aos finais de semanas, dias em que as famílias e amigos saem a passeio em grupos.

“Estamos à espera de novas ordens, porque temos consciência que há muita gente que só tem tempo aos finais de semana”, frisou a técnica que esclareceu, igualmente, que o preço das visitas variam entre os 175 e os 265 kwanzas por pessoa.

Fissuras força obras de restauro

Por seu lado, o director do referido museu, Manzambi Vuvu, disse que as infra-estruturas da instituição carecem de obras de reparação devido ao seu estado de degradação.

Conforme referiu, fundando em 1938, o museu debatese com problemas de fissuras devido às obras de edifícios ao lado que acabaram por comprometer a unidade histórica.

Entretanto, face à necessidade de restauro, Manzambi Vuvu anunciou estar em curso um estudo que vai definir o processo de restauro das infra-estruturas.

De referir que, em 1992, o museu foi encerrado por motivos de obras dado o estado de deterioração das suas infra-estruturas e manteve-se durante 10 anos.

Na expectativa de cumprir, na íntegra, com o seu papel, o Ministério da Cultura envidou esforços na procura de possíveis apoios para recuperação do acervo danificado, das infraestruturas físicas e criação do SIEXPO, no que se veio a concluir as referidas acções no ano de 2002, ano em que se reabriu as portas ao público visitante.

Domingos Bento

Domingos Bento

Recomendado Para Si

Kardo Bestilo homenageado pelo contributo na literatura infanto-juvenil

por Jornal OPaís
18 de Agosto, 2025
Kardo Bestilo homenageado pelo contributo na literatura infanto-juvenil

O escritor angolano Kardi Bastilo foi homenageado pelo seu contributo na literatura infanto-juvenil, com a obra intitulada “Kilumba a colher ajuda”. O ato aconteceu no último sábado, 16,...

Ler maisDetails

Escritora Mira Clock defende mais espaço para a literatura infantil no país

por Maria Custodia
18 de Agosto, 2025
Escritora Mira Clock defende mais espaço para a literatura infantil no país

A escritora Mira Clock, que realizou no sábado, 16, a venda e sessão de autógrafos do seu segundo livro infanto-juvenil “Weza - Ounicórnio trapalhão”, no espaço Prova D’...

Ler maisDetails

Ministro da Cultura apela kuduristas a composições construtivas e educativas nas suas criações

por Jornal OPaís
18 de Agosto, 2025
Ministro da Cultura apela kuduristas a composições construtivas e educativas nas suas criações

Presente no 1.º Simpósio Nacional do Kuduro, o ministro da Cultura, Filipe Zau, aproveitou a ocasião para apelar aos fazedores do estilo a primarem por composições cujas mensagens...

Ler maisDetails

Kuduristas querem elevação do Kuduro a património cultural nacional

por Bernardo Pires
18 de Agosto, 2025
Kuduristas querem elevação do Kuduro a património cultural nacional

O correu no último fim-de-semana, em Luanda, o 1.º Simpósio Nacional do Kuduro, um evento que reuniu artistas, produtores, investigadores, académicos e representantes de instituições culturais e entidades...

Ler maisDetails
Fórum Negócios  Conectividade Fórum Negócios  Conectividade Fórum Negócios  Conectividade
Detido falso agente do Kwenda na Huíla

Padrasto detido suspeito de abuso sexual contra enteada menor de dois anos no Lubango

18 de Agosto, 2025
Mais de 100 pacientes começam a ser operados hoje na campanha de cirurgias do Hospital Municipal do Ecunha

Mais de 100 pacientes começam a ser operados hoje na campanha de cirurgias do Hospital Municipal do Ecunha

18 de Agosto, 2025
Zelensky insta Europa a manter-se unida contra a guerra “anti-europeia” da Rússia na Ucrânia

Zelensky insta Europa a manter-se unida contra a guerra “anti-europeia” da Rússia na Ucrânia

18 de Agosto, 2025
Presidente moçambicano Daniel Chapo assinala “determinação e engajamento” de aliados africanos no combate ao terrorismo

Presidente moçambicano Daniel Chapo assinala “determinação e engajamento” de aliados africanos no combate ao terrorismo

18 de Agosto, 2025
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Ouvir Rádio Mais

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.